São 60% os catalães a quererem um estado
Nova sondagem mostra aumento do apoio à independência.
Os resultados só agora são conhecidos, mas a sondagem foi feita em Dezembro, numa altura em que os partidos catalães ainda negociavam a data e a pergunta do referendo sobre o futuro político da Catalunha.
A maioria dos partidos chegou a acordo para realizar uma consulta no dia 9 de Novembro deste ano e perguntar aos catalães se querem “que a Catalunha seja um Estado” e, em caso afirmativo, se querem “que seja um Estado independente”. O Governo espanhol considera que qualquer voto sobre a secessão é inconstitucional e a garante que a consulta é ilegal e não se chegará a realizar.
O apoio à independência cresceu, de 54,7% para 59,7%, em relação ao inquérito anterior, divulgado em Novembro. A subir está também o número dos que dizem que respeitarão o resultado de uma consulta: 87% dos inquiridos garantem que o fariam, fosse qual fosse o resultado.
Por províncias, Barcelona é aquela onde o apoio à independência é mais baixo – ainda assim, na região com mais população originária de outras partes de Espanha e do mundo, são 58,2% os que dizem querer um Estado próprio. Lleida é onde há mais apoios, com 70,7%.
A maioria dos catalães assegura ainda não ter medo de um futuro separado de Espanha. No inquérito pedia-se que se atribuísse um valor, de zero a dez, a uma eventual sensação de medo: 30% diz que não sente qualquer receio, enquanto 8,4 admitem um medo real.
Quando lhes é pedido que avaliem a forma como o Governo espanhola trata a Catalunha e os catalães são 74% os que discordam ou se dizem críticos; já 20,5% afirma concordar com a atitude adoptada por Madrid.
No próximo inquérito do instituto catalão, o primeiro de 2014, vão introduzir-se pela primeira vez as perguntas que o governo da CiU (Convergência e União, direita nacionalista), de Artur Mas, garante que acabará por colocar aos catalães em referendo. Essa é, aliás, outra pergunta que Centro de Estudos de Opinião decidiu adoptar: acreditam os catalães que o anunciado referendo chegará a ter lugar?