Em resposta à ONU, Israel anuncia construção em colonatos
Estado hebraico emite autorização de construção para 3000 casas e deverá reavivar planos de construção em zona especialmente sensível, após reconhecimento da Palestina como Estado.
As novas 3000 casas vão ser construídas em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, disse uma fonte diplomática ao diário Ha’aretz. E Israel planeia ainda reavivar planos de construção numa área conhecida como E1, que liga Jerusalém ao grande colonato de Maaleh Adumin, que a apenas sete quilómetros da cidade é quase considerado um subúrbio por quem lá mora.
A construção nesta zona é considerada uma ameaça à contiguidade de um Estado palestiniano, cortando a Cisjordânia em duas metades, uma norte e outra sul, sublinha o Ha’aretz. Vários primeiros-ministros israelitas, de Ariel Sharon ao actual, Benjamin Netanyahu, prometeram (aos Estados Unidos) não construir nesta área. Antecipando esta possível reacção israelita, a imprensa do Estado hebraico noticiava já a semana passada que Washington estava a exercer pressão para evitar a concessão de autorizações de construção como medida retaliatória.
A Autoridade Palestiniana põe como condição para regressar à mesa de negociações o congelamento total da construção dos colonatos, que aparecem como pontos na Cisjordânia, mais longe ou mais perto da Linha Verde (que divide Israel e a Cisjordânia), maiores como cidades médias com universidades próprias ou menores como um conjunto de pré fabricados ao cimo de um monte. Os palestinianos alegam que não vale a pena negociar enquanto Israel vai aumentando os colonatos judaicos, que são ilegais perante a lei internacional.
Actualmente haverá, segundo a emissora britânica BBC, cerca de 500 mil judeus a viver em mais de cem colonatos em território ocupado.