Presidente sul-coreana diz que comandante do ferry se comportou como “um assassino”
O comandante do navio está detido, juntamente com outros membros da tripulação.
“O comportamento foi totalmente incompreensível, inaceitável e equivalente a assassínio”, disse a Presidente numa reunião com ministros em Seul, segundo a agência sul-coreana Yonhap. Park considera que os culpados devem ser “civil e criminalmente” responsabilizados e que todos os envolvidos no desastre — proprietários, inspectores, equipa de pilotagem e restante tripulação — serão investigados.
A Presidente considera que é cada vez mais claro que a actuação do comandante Lee Joon-Seok — que não estava aos comandos do navio e estava ausente da ponte; o ferry estava a ser pilotado por um terceiro oficial com pouca experiência — foi em grande parte responsável pela morte confirmada de 64 pessoas e não confirmada de 238 (o número de desaparecidos).
Gravações cujo conteúdo já foi divulgado pela imprensa mostram que Lee atrasou a evacuação do ferry e que, no momento em que o desastre já se confirmava, abandonou o navio, deixando os passageiros para trás.
“Não é só o meu coração que está destroçado, são os corações de todos os sul-coreanos que estão destrooçados, chocados e enraivecidos”, disse Park. O Governo sul-coreano tem sido também responsabilizado pela tragédia devido à demora nos socorros quando o barco tombou ficando com uma parte submersa e, depois, na remoção dos corpos.
Na quinta-feira, quando a Presidente reuniu com os familiares das vítimas e desaparecidos, foi vaiada. O Sewol, um ferry de grande dimensão, afundou-se na quarta-feira depois de fazer uma viragem súbita e não prevista. Levava 476 pessoas a bordo, 352 delas estudantes de um liceu dos arredores de Seul (a capital).
Park Geun-hye também reconheceu que houve graves problemas na resposta inicial à tragédia.
O capitão e mais dois membros da sua equipa foram detidos na sexta-feira. Esta segunda-feira foram detidos mais três tripulantes e um engenheiro. Todos eles poderão ser acusados de negligência para com a segurança dos passageiros e de violação do código marítimo.