As autoridades dos EUA prenderam uma terceira pessoa relacionada com o ataque terrorista em San Bernardino, na Califórnia, em que 14 pessoas foram mortas. O homem detido e já ouvido em tribunal, Enrique Marquez, de 24 anos, era amigo de Syed Farook, um dos atiradores que foi morto pela polícia.

Marquez foi formalmente acusado de ter ajudado Syed Farook a planear o ataque em San Bernardino e também outros ataques que não foram concretizados, em concreto planos feitos em 2011 e 2012 contra uma universidade. Foi também acusado de ter comprado, ilegalmente, as duas armas de assalto que Syed Farook e a sua mulher, Tashfeen Malik, usaram no atentado de San Bernardino, o maior em solo americano desde 11 de Setembro de 2001.

"Apesar de não haver provas da participação do sr. Marquez no ataque de 2 de Dezembro, ao ter comprado as armas e ao não ter avisado as autoridades da intenção de Farook em cometer assassínio em massa provocou consequências fatais", disse a procuradora-geral da Califórnia, Eileen Decker.

Só horas depois do ataque Enrique Marquez contactou os serviços de emergência para dizer que o amigo tinha usado as suas armas.

Segundo a BBC, a acusação contra Marquez deriva da investigação do FBI à possível existência de uma célula terrorista nos EUA. As provas sobre a participação deste terceiro elemento foram obtidas, segundo informações do FBI, a polícia federal americana, durante os 11 dias de interrogatório ao suspeito em que este confessou o seu papel na conspiração.

Nos interrogatórios e no tribunal deu também pormenores sobre o planeamento dos dois ataques contra a universidade que ambos frequentaram, que nunca se concretizaram e revelou que os dois tinham um outro plano para atacar uma auto-estrada em hora de ponta – pretendiam lançar bombas e disparar contra os condutores.

As investigações centram-se numa avenida de Riverside, localidade da Califórnia onde Marquez e Syed Farook viveram, ao lado um do outro. Terá sido ai que Farook deu a conhecer uma versão radical do islão a Marquez – os dois homens, segundo as informações divulgadas pelos media locais, terão assistido a vídeos de radicalização e a palestras de um antigo líder da Al-Qaeda, Anwar Al-Awlaki.