As autoridades adiantam que o homem foi detido ao início da noite num parque subterrâneo de Bois-Colombes, um subúrbios da zona oeste da capital, depois de a polícia ter recebido informações de uma testemunha.

A procuradoria adianta, sem revelar pormenores, que “de momento o detido não está em condições de ser ouvido e a leitura dos seus direitos foi adiada”. A edição online do jornal Le Monde revela, no entanto, que o suspeito não terá sido ouvido porque, no momento da detenção, estaria sob o efeito de uma forte dose de medicamentos.

O jornal Libération noticiou, entretanto, que as autoridades estão a realizar a exames de ADN – que poderão estar concluídos dentro de algumas horas – para tentar determinar se há equivalência entre o detido entre as amostras recolhidas na recepção do jornal, onde o suspeito entrou na manhã de segunda-feira, disparando sem aviso na direcção de um assistente de fotografia que se encontrava no local.

Uma hora e meia depois, o mesmo homem descarregou a sua caçadeira contra a fachada do banco Societé Generale no bairro administrativo de La Defénse, antes de obrigar um automobilista a transportá-lo para os Campos Elísios, onde terá apanhado o metro. Este indivíduo é também suspeito de, três dias antes, ter entrado na recepção da televisão BMF e, depois de tirar dois cartuchos da sua arma, deitando-os para o chão, ter ameaçado: “Para a próxima, não vou errar.”

Esta é a primeira detenção efectuada desde o início das investigações e surge mais de 24 horas depois de as autoridades terem divulgado uma nova imagem do suspeito, captada pelas câmaras de vigilância, na qual era claramente visível o seu rosto.