Perfil: Ratko Mladic

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Mladic foi o rosto de um dos piores massacres cometidos na Europa depois da II Guerra Mundial Marko Djurica/Reuters

Foi o rosto e o mandante de um dos piores massacres cometidos na Europa depois da II Guerra Mundial. Nascido em Kalinovik, na Bósnia, em 1942, Mladic tornou-se militar ainda durante a Jugoslávia de Tito.

Quando a nação se começou a desintegrar, começou a combater os “inimigos” da Bósnia e da Sérvia, nomeadamente os muçulmanos da Bósnia. Em Maio de 1992, a Assembleia Sérvia-Bósnia votou favoravelmente a criação de um exército, nomeando Mladic comandante. Foi a partir daqui que nasceu o "Carniceiro da Bósnia".

Em 1995 conduziu a investida sérvia-bósnia ao enclave de Srebrenica - um protectorado da ONU - onde estavam refugiados milhares de civis em fuga dos ataques sérvios no nordeste da Bósnia.

As forças sérvias bombardearam Srebrenica durante cinco dias até que o general Mladic entrou na cidade. No dia seguinte separaram os homens das mulheres e crianças, que foram enfiadas em autocarros e levadas para território muçulmano.

Os homens muçulmanos entre os 12 e os 77 anos ficaram, para serem “interrogados” sobre crimes de guerra. Nos cinco dias seguintes, as forças sérvias mataram pelo menos 7500 homens e rapazes.

Depois da guerra, Mladic regressou a Belgrado, onde ainda viveu algum tempo em liberdade, até à detenção de Milosevic.

A partir de Outubro de 2004, antigos colaboradores de Mladic começaram a entregar-se aos tribunais numa altura em que Belgrado começou a ficar sob forte pressão internacional para levar à justiça os seus criminosos de guerra.

Pensou-se que, depois da detenção de Radovan Karadzic (o líder dos sérvios bósnios durante a guerra), em Julho de 2008, Mladic não tardaria a aparecer, mas ainda demorou quase mais três anos para que, agora, o massacre de Srebrenica possa começar a ser vingado.

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