Os radicais entraram no comício armados com facas e gás pimenta, e deixaram ferido um membro do partido. Chegaram mesmo ao palco e derrubaram o líder do Alternativa para a Alemanha, Bern Lucke, no palanque. Outras 16 pessoas ficaram com problemas respiratórios por causa do gás.

A polícia deteve três atacantes do grupo de 25, que apareceram encapuzados.

O ataque deste fim-de-semana não foi o primeiro da extrema-esquerda ao partido, que acredita que a actual política de empréstimos aos países do euro em crise não é a única solução possível e defende que estes países saiam do euro para poderem desvalorizar a sua moeda e aumentar assim a competitividade.

As sondagens mostram que este partido, fundado por um grupo de economistas e professores universitários, não tem grandes hipóteses de passar a barreira de 5% dos votos necessários para entrar no Parlamento. O partido diz que tem tido especial cuidado a escrutinar os seus membros, para se assegurar de que não atrai elementos da extrema-direita.

Lucke disse num comunicado que este foi “um ataque intolerável ao processo democrático em que activistas violentos perturbam eventos eleitorais pacíficos, no que ecoa acontecimentos da República de Weimar”, que viu uma série de violência política e que terminou com a ascensão de Hitler ao poder em 1933, após um período de ingovernabilidade.