“Queridos amigos, estou contente por estar em contacto convosco através do Twitter. Obrigado pela vossa resposta generosa. Eu vos abençoo a todos”, dizia o tweet do Papa aos quase 669 mil seguidores da sua conta oficial @pontifex.

Certo, diz o Washington Post, é que esta simples frase é o culminar de um trabalho de semanas que envolveu o chamado “conselho pontifício para a comunicação social”, que está a supervisionar a gestão da conta do Papa no Twitter.

A conta está aberta há uma semana e lançou a iniciativa “faiunadomandaalpappa” (faça uma pergunta ao Papa). Segundo um estudo publicado pelo Vatican Insider, das cerca de 20 mil mensagens com esta hashtag (palavra que identifica um tema no Twitter) apenas uma minoria de utilizadores aproveitou para deixar “questões sérias” demonstrando “um desejo de dialogar”.

Segundo o estudo citado pelo Vatican Insider, a maioria das perguntas são “pouco pertinentes, irónicas e por vezes ofensivas”. O Washington Post aponta uma série de questões que demonstrarão talvez um menor desejo de diálogo: “Numa luta entre Jesus e Wolverine que venceria?” ou “É verdade que todos os cães vão para o céu?”

Bento XVI talvez ignore estas perguntas. Neste dia de estreia o Papa propôs-se responder a três questões de utilizadores do Twitter.

De qualquer modo, as conclusões do estudo sobre as questões deixadas na primeira semana de existência da conta papal no Twitter é que estas parecem confirmar a imagem de uma Igreja vista como ligada a irregularidades financeiras, alguns escândalos e a posições conservadoras sobre ética sexual, diz ainda o Vatican Insider.