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Oscar Pistorius começou a chorar ao ser formalmente acusado de homicídio

O atleta vai continuar detido até terça-feira, quando o juiz decidirá se pode esperar julgamento em liberdade sob caução.

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Atleta começa a chorar ao ouvir a acusação no tribunal de Pretória Antonie de Ras/Reuters
Oscar Pistorius com a namorada, Reeva Steenkamp, em Novembro
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Oscar Pistorius com a namorada, Reeva Steenkamp, em Novembro Lucky Nxumalo/AFP

O atleta, de 26 anos, tapou a cara ao entrar no tribunal de Pretória. De fato escuro, relata o jornal The Guardian, quebrou ao ouvir o juiz Desmond Nair acusá-lo usando a frase "homicídio premeditado". Começou a chorar. "Tenha calma. Vá, sente-se", disse-lhe Nair.

Pistorius passara a noite numa esquadra de polícia. A acusação pediu que continue preso até ao julgamento, a defesa pede a libertação sob fiança.

Reeva Steenkamp, de 29 anos, foi encontrada morta, com quatro tiros, na casa do atleta sul-africano. A polícia sul-africana acusou Pistorius de homicídio na quinta-feira, afastando a hipótese de Reeva Steenkamp ter sido alvejada acidentalmente por ter sido confundida com um ladrão, como ele explicou.

“Ficámos surpreendidos com as alegações de que a vítima tinha sido confundida com um ladrão. As instalações são bastante seguras... Esta é uma propriedade bastante segura”, disse na quinta-feira Denise Beukes, porta-voz da polícia a um canal de televisão sul-africano. Especificou que a modelo, de 29 anos, foi atingida na cabeça e nos braços.

A polícia disse que os vizinhos ouviram gritos e, por isso, chamaram a polícia, explicando parecer estar a haver uma discussão doméstica violenta – disseram que não era a primeira vez que ouviam este tipo de discussão na casa do atleta. Pistorius e Steenkamp namoravam desde Novembro.

Pistorius, conhecido como Blade Runner devido às próteses de carbono com que corre, é atleta de 400 metros e campeão paralímpico. Foi o primeiro duplamente amputado a participar em Jogos Olímpicos, em 2012, em Londres. Ficou-se pelas meias-finais, mas já tinha feito história ao conquistar o direito a competir para lá do desporto paralímpico, em 2008.

Alguns dias depois, ganhou a medalha de ouro dos 400 metros nos Paralímpicos, que juntou a três outras ganhas quatro anos antes em Pequim: as dos 100, 200 e 400 metros.

Fez parte da estafeta sul-africana que conquistou a medalha de prata nos Mundiais de atletismo de 2011 na Coreia do Sul, apesar de não ter corrido a final. Sofreu a amputação de ambas as pernas aos 11 meses.

Numa entrevista ao PÚBLICO, disse que não se  importa de ser conhecido como “Blade Runner”, mas manifestou desagrado por ser tratado como “o homem mais rápido sem pernas”.
 
 
 
 
 

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