ONU vai investigar possível ataque com armas químicas na Síria

Ban Ki-moon diz que acção se concentrará num ataque de que as Nações Unidas foram informadas pelo Governo sírio. Londres e Paris queriam que fosse investigado também um alegado segundo ataque com armas proibidas em Damasco.

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Combatente do Exército Livre em Alepo. Regime e oposição trocaram acusações sobre alegado ataque químico Zain Karam/Reuters

Na terça-feira, o ministro da Informação sírio acusou a oposição armada de ter usado armas proibidas por uma convenção internacional – que, no entanto, não foi assinada pela Síria – na província de Alepo, num ataque em que morreram 26 pessoas. A acusação foi negada por um comandante do Exército Livre da Síria, que apontou, por seu lado, o dedo ao regime do Presidente Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas.

No dia seguinte, o embaixador sírio na ONU pediu formalmente às Nações Unidas que investigassem um ataque de “grupos terroristas” com armas químicas.

Os rebeldes sírios disseram entretanto que houve um outro ataque com armas proibidas em Damasco, no mesmo dia do de Alepo. Os enviados britânico e francês à ONU disseram que gostariam de ver ambos os incidentes investigados pela organização, mas o secretário-geral deixou claro que apenas o ataque de Alepo seria objecto da análise.

O uso de armas químicas poderá ser o factor que fará mudar o jogo, o que ditará uma viragem na política americana em relação à Síria, disse mais uma vez ontem, em Israel, o Presidente norte-americano, Barack Obama, citado pelo Financial Times. No entanto, Obama sublinhou que só após ter provas concretas tomaria uma decisão, e adiantou que os EUA estavam a investigar alegações de que o regime usou armas químicas contra a oposição armada.
 

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