O Papa Francisco voltou a pegar no telefone

Ligou a uma mulher argentina, vítima de violação.

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O Papa Francisco relaciona-se com as pessoas de uma forma diferente LUCA ZENNARO/AFP

“O meu telemóvel tocou. Perguntei quem era e fiquei petrificada: era o Papa”, contou Alejandra Pereyra, habitante de Villa del Rosário, perto de Córdoba, citada pelo blogue de informação religiosa Il Sismografo.

“O Papa ouviu com muita atenção a minha história. Ele disse-me que eu não estava sozinha e pediu-me para ter confiança na Justiça”, contou Alejandra Pereyra, de 44 anos. A conversa durou quase 30 minutos.

Alejandra Pereyra apresentou queixa contra o polícia e diz ainda ter sido vítima de ameaças e pressões para desistir do processo. A queixa acabou por não avançar e o agente até foi promovido.

Revoltada, esta mulher argentina resolveu escrever ao Papa. “Ele disse-me que recebe todos os dias milhares de cartas, mas que a que eu escrevi o emocionou e tocou no coração”, contou ainda Alejandra.

Esta não é a primeira vez que o Papa Francisco liga directamente a católicos. Segundo o Corriere della Sera, já no domingo Francisco tinha ligado a Rosalba Ferri, uma mulher de 77 anos cujo filho foi assassinado em Junho.

Na semana passada, também foi revelada uma outra conversa telefónica entre Francisco e um jovem italiano, a quem pediu que o tratasse por tu.

O Vaticano já admitiu que Francisco telefona directamente para qualquer pessoa e que essa é uma grande mudança nos hábitos de um Papa.

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