NSA espiou diplomatas franceses em Washington e na ONU
Estados Unidos terão ouvidos conversas dos outros países do Conselho de Segurança na véspera de votações.
Estas revelações surgem um dia depois de o Le Monde ter noticiado que a NSA espia de forma "sistemática" cidadãos e empresas francesas. As informações do jornal têm origem na documentação levada pelo antigo analista informático da Agência, Edward Snowden, e divulgada a partir do Brasil pelo jornalista Glen Greenwald.
De acordo com a documentação a que o Monde teve acesso, programas de vigilância foram implantados remotamente em computadores em diversos países do mundo e e em embaixadas — nos documentos, a embaixada francesa em Washington é mencionada pelo nome de código Wabash e a representação na ONU por Blackfoot.
O artigo do Monde diz que em 2011 os EUA disponibilizaram 652 milhões de dólares para financiar este programa de "implantes espiões" e que dezenas de milhares de computadores foram atacados este ano com o Genie.
Um documento datado de 2010 sugere que informação obtida desta forma junto de embaixadas estrangeiras permitiram aos EUA conhecer a posição dos membros do Conselho de Segruança sobre muitas matérias, entre elas as sanções contra o Irão. A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, surge citada num dos documentos e elogia a NSA: "Ajudou-me saber a verdade... a posição de outros [países] sobre as sanções, o que nos permitiu estar um passo à frente nas negociações".