"A única coisa que pára um tipo mau com uma arma é um tipo bom com uma arma"

Associação pró-armas norte-americana defende segurança armada em todas as escolas norte-americanas.

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As declarações de LaPierre foram interrompidas por um protesto de uma organização antiarmas

Numa comunicação sem direito a perguntas dos jornalistas, que decorreu esta sexta-feira em Washington, Wayne LaPierre anunciou que a associação vai apresentar um "programa nacional para proteger as escolas" e afirmou que as autoridades "têm de agir agora".

O responsável apelou a "todos os sectores da sociedade" que se juntem à discussão do modelo apresentado pela NRA, que essencialmente prevê a segurança nas escolas através da presença de "pessoas ligadas à segurança, armadas e treinadas", com recurso – para além da presença policial – a "voluntários locais" ou a "polícias reformados" para "vigiar as escolas". 

O director executivo da NRA deixou clara a solução que propõe para evitar massacres semelhantes ao que ocorreu na passada sexta-feira, na Escola Primária de Sandy Hook, em que morrem 26 pessoas (20 crianças e seis adultos), para além da mãe do assassino que foi morta em casa: "A única coisa que pára um tipo mau com uma arma é um tipo bom com uma arma". E acrescentou: "Poderiam ter sido poupadas vidas se a escola tivesse guardas armados".

Wayne LaPierre disse ainda que os media "demonizam os proprietários de armas que cumprem a lei" e que "promovem a violência através dos jogos de vídeo".

Também presente na ocasião, o presidente da NRA, David Keene, disse que a associação "tem discutido todas as opções disponíveis para proteger as crianças, após o massacre de Newtown".

 

A NRA demorou uma semana a reagir ao tiroteio da escola do Connecticut, e quando o fez foi claramente para reafirmar a sua filosofia e as suas posições de princípio, resumidas no cliché de que não são as armas que matam, mas os homens que as empunham.

Mas debaixo de fogo durante estes dias por causa da sua extraordinária influência sobre os políticos do Capitólio, o lobby pró-armas foi forçado a intervir, para não correr o risco de ficar de fora do debate público sobre o controlo de armas nos Estados Unidos.

O seu timing foi criterioso: a data era significativa por marcar a primeira semana desde o ataque, e ao mesmo tempo conveniente por ser o último dia útil antes do fim-de-semana e a véspera de Natal – uma época em que as famílias americanas estão ocupadas com viagens e outros afazeres domésticos.

 

 
 
 

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