Milhares na Praça Taksim para lembrar os que morreram durante os protestos

Milhares de pessoas regressaram à Praça Taksim com flores para homenagear os que morreram. Polícia dispersou manifestantes com canhões de água.

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Os cravos que os manifestantes levaram para homenagear as vítimas acabaram por ser atiradas contra os polícias REUTERS/Marko Djurica
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De acordo com a Associação Médica Turca, os protestos fizeram até agora quatro mortes, entre eles um polícia, e cerca de 7,500 pessoas ficaram feridas, a maior parte com cortes, queimaduras e com dificuldades de respiração após terem inalado gás pimenta.

Erdem Saatci foi um dos muitos manifestantes que marcou presença este sábado na Praça Taksim: "Hoje a nossa mensagem para o governo é de que a nossa resistência vai continuar", afirmou à Reuters. Manifestantes e polícia acabaram por se envolver em confrontos depois de os agentes terem utilizado canhões de água para dispersar a multidão. Cerca de 10 mil pessoas ocuparam a Praça para lembrar os que morreram durante os protestos, erguendo no ar cravos vermelhos para homenagear as vítimas. Os manifestantes vaiaram o primeiro-ministro turco pedindo a sua demissão e cantando: "Este é apenas o começo, continuar a luta".

Ao início da tarde, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, dirigia-se a cerca de 15 mil apoiantes na cidade turca de Samsun, afirmando que os sucessivos protestos e manifestações violentas servem os inimigos da Turquia. "Quem ganhou com estas três semanas de protesto? Os inimigos da Turquia", disse. "Quem perdeu com os protestos? A economia turca, mesmo que a um nível diminuto, o turismo perdeu. Mancharam a imagem da Turquia", defendeu o primeiro-ministro.
Este é já o quarto grande comício que o primeiro-ministro organiza desde que os protestos começaram no início de Junho.

 

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