Malala voltou à escola e pode sonhar outra vez

A adolescente paquistanesa que foi baleada na cabeça pelos taliban, em Outubro de 2012, quando regressava das aulas, voltou à escola.

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Malala e o pai, no dia do regresso às aulas, em Birmingham, Inglaterra AFP

Atacada por defender o direito à educação para as raparigas paquistanesas, Malala esteve entre a vida e a morte. Quando saiu do Hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, no Reino Unido, em Janeiro, disse ter ganhado uma “segunda vida”. Nesta terça-feira, retomou o seu caminho.

Malala voltou às aulas, desta vez no colégio feminino Edgbaston High School. A jovem, de 15 anos, diz sentir falta dos colegas do colégio que frequentava no Vale do Swat, no Paquistão. Ainda assim, descreveu o primeiro dia de aulas como “o mais importante” da sua vida e sublinhou que está ansiosa por aprender política e direito.

“Penso que é o momento mais importante, este meu regresso à escola. É o que eu sonhei, que todas as crianças devem poder ir à escola, que é o seu direito básico”, afirmou a jovem, citada pela BBC. “Estou tão orgulhosa de usar o uniforme, porque prova que sou uma estudante e que estou a viver a minha vida e a aprender”, continuou.

A adolescente tornou-se conhecida há quatro anos, através do diário que escrevia para o site da BBC Urdu, no qual descrevia como era viver na sua cidade, Mangora, sob o regime dos taliban. Ainda antes de ter sido atacada, a 9 de Outubro, Malala venceu o National Peace Award for Youth, no Paquistão, e tinha sido nomeada para o International Children’s Peace Prize, da Dutch Kids Rights Foundation.

Depois do ataque, foi transferida para o Reino Unido, onde foi submetida a várias cirurgias, incluindo uma no crânio e outra para restaurar a audição. Deixou o hospital em Janeiro e vai continuar a recuperação em Birmingham, para onde a família se mudou temporariamente. O pai conseguiu um cargo na área da educação no consulado paquistanês.

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