O número de 4243 socorridos na sexta-feira  e levados para portos italianos é um dos mais elevados dos últimos anos num só dia. Este ano, os dias em que mais pessoas tinham sido recolhidas foram 12 de Abril (3.791) e 2 de Maio (3.690), recorda a AFP. Na quinta-feira, foram socorridos mais de 700 imigrantes, na sua maior parte por um porta-helicópteros britânico.

Os pedidos de socorro vieram de 22 embarcações, que se encontravam na sua maioria ao largo da Líbia mas também a Sul da costa italiana. Os resgates foram feitos por navios italianos, irlandeses, alemães, belgas e britânicos.

Os cadáveres foram encontrados em três botes de borracha a bordo dos quais seguiam também mais de 300 imigrantes, segundo informação do Marinha italiana. Não foram adiantadas as causas das mortes.

Parte dos imigrantes começaram a desembarcar sexta-feira à noite na ilha de Lampedusa. A maior parte foi encaminhada para a Sicília, a Sardenha e para outras zonas do Sul da Itália.

O dia de sábado revelou-se menos agitado em matéria de resgates. Até meio da tarde havia apenas notícia de um pedido de socorro.

"Isto funciona por vagas. Pode haver vários dias sem ninguém e depois inúmeras chegadas ao mesmo tempo", disse à agência Flavio di Giacomo, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM) em Itália.

Desde o início do ano, mais de 40.400 imigrantes desembarcaram no país. Cerca de 1.770 homens, mulheres e crianças morreram ou desapareceram ao tentarem atravessar o Mediterrâneo, segundo o mais recente balanço da OIM, que não conta ainda os resgates de sexta-feira.

As chegadas de imigrantes a Itália estão ao nível dos números de 2014,quando foram registadas 41.243 entre 1 de Janeiro e 31 de Maio. A diferença é mais significativa na Grécia, onde chegaram desde o início do ano 37.000 pessoas, mais 3.000 do que em todo o ano de 2014 – segundo as informações de Flavio di Giacomo.