Jovem de 14 anos condenado por planear atentado terrorista na Áustria

Mertkan declarou-se culpado de planear um atentado em Viena e foi condenado a oito meses de prisão efectiva. Ataque seria em nome do Estado Islâmico

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O jovem estaria a planear explodir várias bombas em Viena em nome do Estado Islâmico Heinz-Peter Bader / Reuters

As autoridades austríacas não divulgaram informações oficiais sobre os seus motivos ou sobre quem estaria por detrás do ataque. Mas desde a sua primeira detenção, em Outubro, os media austríacos avançaram que o jovem estaria em contacto com elementos do autoproclamado Estado Islâmico e que, depois dos ataques, viajaria para a Síria para se juntar aos radicais islamistas.

O jovem foi identificado apenas pelo primeiro nome: Mertkan, filho de emigrantes turcos, na Áustria desde 2007. Apesar de não ter chegado a construir nenhum explosivo, o Ministério Público acusou-o de ter feito “investigações concretas sobre a compra de ingredientes” para a construção de bombas. As instruções, dizem as autoridades, foram retiradas de um site da Al-Qaeda.

O julgamento desta terça-feira teve lugar em Sankt-Pölten, uma cidade a cerca de 60 quilómetros da capital Viena, onde Mertkan vive. O jovem estava em prisão preventiva desde Janeiro por ter violado os termos da sua liberdade condicional. Por essa razão, dos oito meses de prisão efectiva, Mertkan cumprirá apenas três. A pena máxima para um menor na Áustria é de cinco anos de prisão efectiva.

Rudolf Mayer, o advogado de defesa, contou à AFP que o jovem ainda não se tinha decidido a concretizar os ataques, mas que estava a “considerar a ideia”. De acordo com os media austríacos, o autoproclamado Estado Islâmico terá oferecido 25 mil euros para o levar a fazer o atentado.

Os jornais locais avançam que a polícia foi inicialmente contactada pelos professores de Mertkan, depois de este se ter comportado “ameaçadoramente”, como escreve o Telegraph. A polícia passou então a controlar a actividade da Internet do jovem.

De acordo com a AFP, que cita o Ministério do Interior austríaco, já mais de 200 pessoas saíram do país para se juntarem aos jihadistas na Síria e no Iraque. Cerca de 70 regressaram desde então e vários estão detidos preventivamente, aguardando julgamento. 

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