Israel anuncia mais construção em colonatos
Resposta do Estado hebraico a Governo palestiniano que é apoiado por Fatah e Hamas.
Esta é mais uma resposta israelita à tomada de posse de um Governo palestiniano apoiado pela Fatah e pelo Hamas. Israel já se tinha retirado das negociações de paz devido a este acordo – o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que não era possível negociar com o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, se este tem um Governo com o Hamas, um movimento “terrorista” e que se opõe à existência do Estado de Israel.
O embaixador dos EUA em Israel, Dan Shapiro, já criticou a decisão do Estado hebraico, reiterando a oposição norte-americana a que haja mais construção israelita na parte palestiniana para lá da Linha Verde que divide Israel da Cisjordânia.
Um dos últimos grandes anúncios de construção (3000 casas) por Israel ocorreu no final de 2012, após a decisão de as Nações Unidas concederem estatuto de Estado observador (não-membro) à Palestina e incluía uma área especialmente sensível, que cortaria a Cisjordânia em três partes, impedindo a contiguidade territorial de um Estado palestiniano.
Outro foi feito no início deste ano, em plenas negociações de paz, iniciadas após um esforço especial do secretário de Estado norte-americano John Kerry; às queixas palestinianas, responsáveis israelitas contrapunham que tinham libertado prisioneiros palestinianos como sinal de boa vontade para as negociações.
“Opomo-nos à construção nos colonatos e a este tipo de anúncio sobre construção”, disse Shapiro à rádio do Exército de Israel sobre o mais recente anúncio. “Isto aconteceria com ou sem o desacordo sobre o novo Governo palestiniano de transição.”
Os EUA também discordaram da atitude israelita em relação ao novo executivo palestiniano. John Kerry, apesar de ter prometido que continuariam as fortes ligações com o aliado, defendeu a decisão dos Estados Unidos em reconhecer o novo Governo e reiterou que iria trabalhar com este executivo, já que este “está empenhado no princípio da não-violência, negociações, reconhecimento do Estado de Israel e aceitação dos acordos anteriores”.