Irão aumentou capacidade nuclear, diz agência da ONU

Foram construídas mil novas centrifugadoras, diz AIEA. Congresso dos EUA quer mais sanções

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Manifestação em Teerão em apoio do nuclear Morteza Nikoubazl/AFP

A notícia levou a que nos Estados Unidos se pedisse mais sanções no Congresso.A AIEA, a agência da ONU para a energia nuclear, prepara-se para recomeçar conversações com o Irão a 27 de Setembro. O relatório deverá desapontar quem, nas capitais ocidentais, esperasse um congelamento ou inversão de marcha no programa que os iranianos garantem ter fins puramente civis e que grande parte do resto do mundo desconfia que possa ter objectivos militares.
O relatório acrescenta ainda que a República Islâmica começou a produzir combustível nuclear para um reactor que o Ocidente teme que possa ter material para uma bomba nuclear.
Mas há algumas boas notícias para quem esperava uma diminuição da actividade do programa de energia atómica: o reactor de Arak terá visto a validação para a sua entrada em funcionamento adiada, deste ano, como estava previsto, para 2014. E o stock nuclear mais sensível do país não aumentou depois do último relatório, diz ainda a AIEA: cerca de 240 quilos de combustível enriquecido a 20% (para uma arma nuclear é preciso um enriquecimento a 90%). Ainda está abaixo da “linha vermelha” estabelecida por Israel, o limite que levaria o Estado hebraico a uma acção contra o seu arqui-inimigo.
Há quem veja esta aparente restrição como um meio de o Irão ganhar tempo antes das conversações que se aproximam.
Desde 2012 houve dez rondas de negociações com um grupo de países, todas sem resultados.
Esta será a primeira sob a presidência de Rohani. Mas não é este o principal decisor no que diz respeito ao nuclear, que está sob alçada do mais importante líder da nação, o ayatollah Khamenei.

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