As medidas estão explicadas num documento onde são indicadas as linhas a seguir de acordo com o que determina a lei norte-americana. Assim, e segundo o Starbucks, podem ser usados anéis, desde que sejam lisos, sem pedraria. É também interdito o uso de quaisquer pulseiras ou relógios. Os colares são permitidos se escondidos pela roupa do funcionário.

Há também regras para a forma como os trabalhadores devem apresentar o cabelo. “Mantê-lo com um aspecto natural – sem cores fortes ou artificiais (roxo, rosa, azul ou verde). Puxe o cabelo para trás com ganchos, laços de cabelo ou bandas”.

Quanto ao uso de piercings, a direcção do Starbucks afirma que “menos é melhor”. Os brincos devem ser pequenos ou de tamanho moderado e apenas são permitidos dois por cada orelha. Os dilatadores de orelhas – pugs ou tunéis – devem ter um máximo de dez mm de diâmetro. No caso do nariz terão de ser o mais pequeno possível.

As tatuagens também têm direito a um parágrafo, segundo o qual os “clientes devem estar concentrados no funcionário e não na sua arte corporal”. As tatuagens não são autorizadas na zona da cara e do pescoço. “Tratem as tatuagens como tratam o vosso discurso”, ou seja, nada de imagens injuriosas ou vulgares.

A Starbucks já veio explicar em comunicado que as regras sobre o aspecto visual e indumentária dos seus funcionários pretende respeitar o que dita o código da Food and Drug Administration, a agência que controla os medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, e as leis locais onde estão instaladas lojas da empresa.

Segundo um porta-voz da empresa, citado pela imprensa norte-americana, a nova política vai ser aplicada a nível nacional, reforçando que estas não são regras do Starbucks.

Desde que a circular da empresa chegou às mãos dos funcionários, estes têm manifestado a sua oposição nas redes sociais. "É incrível que agora permitam que se usem tatuagens, mas parece-me estranho não permitirem que se use uma aliança de casamento. Há muitas pessoas chateadas", dasabafou anonimamente uma alegada funcionária no Twitter.

Uma outra utilizadora apelou a um boicote à empresa enquanto a nova política não for retirada. “Para o Starbucks, a minha mulher acabou de me dizer que vocês já instituíram uma política em que ela não pode mais usar a aliança de casamento para trabalhar. Onde está o vosso cérebro?”, questiona Corey Jeppesen. Courtney Janes diz num tweet que a sua aliança de casamento não é um anel qualquer. “Tem muito significado no meu coração. Choro ao pensar que não posso usá-la mais”.

O PÚBLICO contactou a representação da empresa em Portugal, para saber se estas regras também se aplicam nas lojas que a Starbucks tem no país, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.