Fumo negro no Vaticano após segunda sessão no Conclave
Nenhum dos candidatos foi eleito na primeira votação desta quarta-feira. Cardeais voltam a votar à tarde, depois do almoço.
Isto significa que ainda não há um sucessor de Bento XVI, que renunciou e pôs fim ao seu pontificado a 28 de Fevereiro. Na Praça de S. Pedro, no Vaticano, há centenas de pessoas à espera, que rezam no exterior, apesar da chuva que continua a cair e do frio que se sente, enquanto o Conclave se encontra reunido no interior da Capela Sistina.
Por volta das 10h30, as imagens em directo a partir daquela praça mostrava muitos rostos expectantes, sentimento que terá sido adiado quando a primeira nuvem de fumo negro saiu da chaminé, às 10h38, assinalando que os 115 eleitores não tinham dado a maioria de dois terços dos votos a um dos elegíveis.
Para que um dos cardeais seja eleito Papa necessita do apoio de dois terços dos presentes, ou seja 77 votos.
Ao contrário de 2005, quando o então cardeal Joseph Ratzinger era considerado o mais provável sucessor de João Paulo II, não há desta vez um nome que surja destacado, embora os vaticanistas apontem meia dúzia de papabili (candidatos com perfil ou apoios suficientes para surgirem como prováveis sucessores), entre eles o italiano Angelo Scola, o brasileiro Odilo Scherer, o canadiano Marc Ouellet
ou o norte-americano Timothy Dolan.Esta tarde, os cardeais, que se encontram isolados do mundo exterior, regressam à Capela Sistina. O vaticanista norte-americano John Allen escreveu no National Catholic Reporter que se, ao fim das duas votações da tarde não surgir fumo branco, isso será indício de que nenhum dos nomes que surgiu como mais forte à entrada para o conclave gerou consenso e "está tudo em aberto sobre quem poderá vir à varanda da basílica de São Pedro vestido de branco".