França promete a Israel não vacilar sobre programa nuclear iraniano

François Hollande chegou a Telavive e disse que o Irão "representa uma ameaça para Israel, para a região e para o mundo".

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Hollande e Netanyahu estão em sintonia sobre o programa nuclear do Irão PHILIPPE WOJAZER/AFP

Hollande, que nesta visita de 48 horas também irá encontrar-se na Cisjordânia com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, foi recebido no aeroporto pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e pelo Presidente, Shimon Peres.

O chefe do Governo de Israel já tinha anunciado que os encontros com o Presidente francês serão dominados pelas negociações sobre o programa nuclear iraniano, que vão ser reatadas na próxima quarta-feira, em Genebra.

Mas se há um líder que Netanyahu não terá de convencer para assumir uma postura inflexível nas negociações com a delegação iraniana, esse líder é Hollande. O Irão – reforçou o Presidente francês – "representa uma ameaça para Israel, para a região e para o mundo".

As palavras de Hollande à chegada a Telavive mereceram um agradecimento especial do primeiro-ministro israelita, que lhe louvou "a postura corajosa contra as tentativas do Irão de adquirir armas nucleares".

Netanyahu referia-se à participação de Paris na ronda de negociações de 7 e 8 de Novembro, também em Genebra, que redundaram num falhanço – o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, acusou o seu homólogo francês, Laurent Fabius, de ter minado as conversações entre o Irão e o Grupo 5+1, constituído pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) mais a Alemanha.

O primeiro-ministro israelita vai manter a sua pressão sobre os responsáveis do Grupo 5+1 com uma viagem a Moscovo na quarta-feira, onde se reunirá com o Presidente Vladimir Putin, regressando depois a Israel para um encontro com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na sexta-feira. "Espero que consigamos persuadir os nossos amigos durante esta semana e nos dias seguintes a obtermos um acordo muito melhor" sobre o programa nuclear iraniano, frisou Benjamin Netanyahu.
 
 
 
 

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