França alega sigilo clínico para não comentar estado de saúde do Presidente argelino

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Dois dias depois de Bouteflika ter sido hospitalizado, o Presidente francês, Jacques Chirac, manifestou o sentimento pessoal de que as coisas estavam bem EPA (arquivo)

Questionado sobre a evolução de Bouteflika, submetido a uma intervenção cirúrgica num hospital militar de Paris, o chefe da diplomacia francesa recorreu ao "sigilo clínico em vigor em França" para fugir à pergunta.

Douste-Blazy, médico de formação, limitou-se a manifestar votos de um rápido restabelecimento do chefe de Estado argelino e desejos de que possa ser assinado até final de 2005 um tratado de amizade entre a França e a Argélia.

Desde que Bouteflika foi hospitalizado, a 26 de Novembro último, as autoridades argelinas forneceram pouca informação sobre o estado de saúde do Presidente.

Nove dias depois de dar entrada no hospital de Val-de-Grace, onde se encontra na companhia do irmão, Mustapha, que é médico, Bouteflika foi operado a uma úlcera hemorrágica no estômago, não apresentando o seu estado de saúde qualquer "motivo de preocupação".

No entanto, a transferência para Paris, o mutismo das autoridades francesas e o laconismo do regime argelino alimentou todo o tipo de especulações.

Dois dias depois de Bouteflika ter sido hospitalizado, o Presidente francês, Jacques Chirac, manifestou "o sentimento pessoal de que as coisas estavam bem".

Chirac esteve internado no mesmo hospital, no início de Setembro, depois de ter sofrido um acidente vascular.

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