EUA rejeitam lei para controlar armas
Proposta bipartidária tinha o apoio do Presidente. Conseguiu 54 votos favoráveis, quando precisava de 60 para passar no Senado.
A medida implicava que a verificação dos antecedentes passasse a ser feita também nas armas vendidas em feiras de armamento e na Internet. Actualmente, a verificação já acontece nas vendas feitas em lojas especializadas.
A proposta, que tinha sido negociada entre um senador democrata e outro republicano, teve 54 votos a favor e 46 votos contra. Para ter passado, precisava do voto favorável de 60 dos 100 senadores.
O debate sobre o controlo de armas nos EUA foi relançado depois do assassínio, em Dezembro do ano passado, de 20 crianças e seis adultos, numa escola do estado do Connecticut. Este desfecho pode ser considerado um fracasso das tentativas de Obama para aumentar o controlo sobre o porte de armas e uma vitória da National Rifle Association, um influente grupo de defesa do direito ao uso de armas.
Na tentativa de conseguir um diploma capaz de ser aprovado, os dois senadores tinham excluído da verificação as vendas particulares de armas, prendas entre familiares e amigos e tinham proibido a existência de um registo de armas a nível nacional. Os opositores da medida argumentaram que esta medida feria o direito constitucional ao uso de armamento.
Inicialmente, Obama pretendia ir muito mais longe no controlo de armas. O Presidente americano queria legislação que proibisse a venda de armas semi-automáticas e de carregadores com mais de dez munições. Esta questão, porém, não chegou sequer a ser debatida no Senado.