EUA denunciam aumento da islamofobia na Europa
O relatório anual sobre liberdade religiosa do departamento de Estado critica acções governamentais que afectam "um número significativo de fiéis".
Neste relatório exaustivo que diz respeito ao ano de 2012, Washington critica também a repressão de grupos religiosos na China, na Coreia do Norte, no Vietname ou na Birmânia. Sublinha ainda o aumento do anti-semitismo no Egipto, Irão e Venezuela.
“A retórica e os actos antimuçulmanos aumentaram claramente, particularmente na Europa e na Ásia. As restrições governamentais, que correspondem muitas vezes a uma animosidade no seio da sociedade, traduziram-se em acções antimuçulmanas que afectaram a vida quotidiana de um número significativo de fiéis”, escreve o departamento de Estado no seu relatório.
Tal como no ano passado, os Estados Unidos apontam o dedo “aos governos que impõem restrições ao uso de vestes religiosas, nomeadamente o véu islâmico para as mulheres nas escolas, função pública ou espaços públicos”, citando como exemplo a Bélgica, que tem uma legislação contra a burqa. A Índia também é criticada por proibir o uso de véu nas escolas em estados indianos onde os hindus são maioritários.
O departamento de Estado denuncia igualmente a “repressão” contra correntes minoritárias do islão em países muçulmanos de “maioria sunita ou xiita”, citando a Arábia Saudita, o Paquistão, a Indonésia, o Bahrein ou ainda o Irão.
Como em anos anteriores, o relatório sobre as liberdades religiosas no mundo ocupa-se longamente da China, onde o Governo “perseguiu, interrogou, prendeu e condenou à prisão um grande número de fiéis”.
Washington também não poupa a Coreia do Norte, e ainda o Vietname e a Birmânia, nomeadamente criticando acções que visam as minorias não budistas, como é o caso dos muçulmanos rohingyas.