Corpo de jovem indiana violada foi cremado numa cerimónia privada

Logo pela manhã deste domingo decorreram as cerimónias fúnebres da jovem estudante de Medicina violada por seis homens.

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Manifestações na Índia continuam este domingo Reuters
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Ambulância que transportou o corpo da jovem a partir do aeroporto Reuters
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Familiares seguiam no interior da ambulância para o local de cremação Reuters
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No local de cremação, pessoas que foram prestar última homenagem passam frente à polícia Reuters
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Protestos em Nova Deli este domingo Reuters
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Manifestantes exigem que Governo defina políticas de segurança para as mulheres Reuters

“Vim aqui porque gostava muito dela. Era a mais brilhante das raparigas do nosso bairro”, contou à AFP Meena Rai, amiga e vizinha da jovem de quem o país não sabe o nome mas trata como heroína.

Segundo a amiga, a jovem planeava casar em breve com o rapaz que a acompanhava no dia 16 quando, depois de uma ida ao cinema, entraram num autocarro que pensava os levaria a casa. O casamento, acrescentou outra vizinha, estaria planeado para Fevereiro.

O funeral, segundo o rito hindu, foi acompanhado apenas pelos familiares mais directos e alguns dirigentes políticos e realizou-se poucas horas depois de o caixão ter sido recebido no aeroporto da capital indiana pelo primeiro-ministro, Manmohan Singh.

Mas a jovem foi homenageada por milhares de pessoas que, pelo segundo dia consecutivo, saíram à rua em concentrações e vigílias. Até estrelas de Bollywood participaram.

“Este incidente deve abrir-nos os olhos para a necessidade de educarmos os nossos filhos de outra maneira, de educar as pessoas de outra maneira”, disse à BBC um manifestante, enquanto outros cartazes pediam “Salvem as mulheres, salvem a Índia”. Para já, o Governo prometeu o reforço da segurança nas ruas e penas mais pesadas para os crimes sexuais.     

Entre as principais cidades, Nova Deli tem o maior número de crimes sexuais, com uma violação, em média, a cada 18 horas, de acordo com dados da polícia. Os dados do Governo mostram que o número de casos aumentou quase 17% entre 2007 e 2011.