Baptizada como Genebra-2 e prevista inicialmente para esta cidade, a conferência vai realizar-se afinal em Montreux, nas margens do lago Léman. A razão da mudança de palco: “Não é possível ser em Genebra, porque a conferência realiza-se ao mesmo tempo que o salão internacional de alta relojoaria, e todos os hotéis estão cheios”, explicou à AFP um diplomata ocidental.

“De momento, há 32 países convidados, mas este número pode aumentar. Para além dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China), estarão também os países vizinhos, a Arábia Saudita e o Irão, mas também a Alemanha, a Itália e outros”, indicou um outro diplomata.

A maioria dos países será representada pelo seu chefe de diplomacia e “cada ministro poderá intervir durante cinco minutos”, disse o mesmo diplomata. Depois da conferência, uma parte dos participantes segue para Davos (também na Suíça) para o Fórum Económico Mundial, que se realiza entre 22 e 25 de Janeiro.

Quanto às delegações sírias (regime e oposição), estas encontram-se em Genebra no dia 24 para negociarem no Palácio das Nações, mediadas pelo representante especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi.

“Cada delegação será composta por nove membros e tanto o regime como a oposição devem dar a sua lista de nomes à ONU até ao dia 27 de Dezembro”, explicou um diplomata árabe. Esta tarefa é relativamente fácil para o Governo de Assad, mas a oposição terá certamente dificuldades em compor uma lista representativa dos vários grupos de rebeldes, que têm diferentes agendas e aspirações.