Companhias americanas recusam transportar corpos de animais de grande porte

Delta, United e American Airlines vão deixar de permitir o transporte de troféus de caça nos seus voos.

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A Delta e a American Airlines vão deixar de permitir o transporte de troféus de caça de animais como elefantes Chris Jek/AFP

A Delta, que tinha vindo a ser alvo de uma petição para ilegalizar estes transportes, anunciou a entrada em vigor da proibição de transporte de troféus de caça de animais de grande porte na segunda-feira, através de um comunicado.

“Com efeito imediato, a Delta proíbe, em todo o mundo, o transporte como carga de troféus de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos”, explicou a companhia norte-americana.

A Delta destacou que até ao momento da decisão aceitava apenas transportar troféus que cumprissem, de forma rigorosa, todos os regulamentos governamentais relativos às espécies protegidas e adiantou que irá rever o transporte relacionado com os troféus de caça em relação a outros animais além dos mencionados.

Várias outras companhias como a Lufthansa, Qantas ou Emirates já anunciaram também medidas semelhantes.

A morte do leão Cecil, um dos mais famosos do Zimababwe, provocou uma onda de contestação global. O famoso mamífero foi atraído para fora do Parque Natural de Hwange, onde vivia protegido, por um isco, e depois atingido por um dentista do Minnesota, Walter Palmer, com uma flecha. Ficou ferido mas só foi morto um dia depois por um caçador profissional.


Palmer terá pago cerca de 50 mil dólares pela caçada, que disse julgar ser legal. Cecil tinha uma coleira com GPS e era monitorizado por cientistas. O Zimbabwe está a pedir a extradição de Palmer aos EUA.

A caça a leões e outros grandes mamíferos é legal em alguns países africanos. O alto preço pago por um troféu de caça como este normalmente serve para financiar esforços de conservação das próprias espécies. Mas o impacto da actividade ainda é mal conhecido e tem vindo a preocupar cientistas e conservacionistas.

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