Bo Xilai julgado por corrupção e abuso de poder a partir de quinta-feira

No último ano e meio, o antigo dirigente chinês foi envolvido em vários escândalos.

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Bo Xilai: corrupto e com amantes, diz a Xinhua Reuters

Bo Xilai foi formalmente acusado, em Julho último, de ter aceitado "uma soma elevadíssima" em dinheiro e propriedades e de desviar fundos públicos e será submetido a um processo público.

Segundo a revista Caijing, uma das publicações mais respeitadas na China, entre outros crimes de que é suspeito Bo vai responder em tribunal pelo desvio de 25 milhões de yuans (cerca de três milhões de euros) quando na década de 90 dirigia a cidade de Dalian, nordeste da China.

Bo foi em tempos uma das principais figuras do aparelho político chinês, mas caiu em desgraça no último ano e meio, acabando por ser expulso do partido na sequência do homicídio do empresário britânico Neil Heywood.

A sua mulher, Gu Kailai, foi acusada e condenada em Agosto de 2012 a pena de morte suspensa pelo homicídio do empresário (a pena capital será comutada para prisão perpétua em 2014, mas Gu deverá poder sair ao fim de nove anos de prisão em liberdade condicional).

Em Novembro de 2012, o Comité Central do Partido Comunista Chinês anunciou a expulsão do antigo governador da província de Chongqing e em tempos figura promissora do aparelho político do país. A expulsão de Bo Xilai do PCC e do Politburo (o segundo mais importante centro de decisões da política chinesa, a seguir à Comissão Permanente) foi vista como um escândalo quase sem precedentes na história política da China e como a maior crise que o partido no Governo enfrentou desde o massacre na Praça Tiananmen, em 1989.

Antes da expulsão do PCC, Bo Xilai já tinha sido afastado da liderança do secretariado do partido na província de Chongqing, no dia 14 de Março.

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