Queda de Airbus em França faz 150 mortos

Avião da companhia low-cost alemã Germanwings fazia a ligação entre Barcelona e Dusseldorf.

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O avião caiu numa zona de difícil acesso ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP
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Um Airbus A320 da companhia Germanwings Jan Seba/Reuters
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As equipas de socorro já estão perto do local do acidente BORIS HORVAT/AFP
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A Germanwings é detida na totalidade pela Lufthansa Wolfgang Rattay/Reuters
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O mostrador indica o voo 4U9525 Ina Fassbender/Reuters
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Familiares das vítimas QUIQUE GARCIA/AFP
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O Presidente francês fez uma curta declaração Thibault Camus/Reuters
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Familiares e equipas de apoio no aeroporto de Dusseldorf Ina Fassbender/Reuters

Numa conferência de imprensa realizada início da tarde, o presidente da empresa, Thomas Winkelman, avançou que o aparelho transportava 67 passageiros alemães e o Governo de Espanha fez saber que seguiam a bordo 45 pessoas com apelidos espanhóis.

Thomas Winkelman disse que a companhia está a trabalhar para disponibilizar mais informações sobre as nacionalidades de todos os passageiros "o mais rapidamente possível". O responsável salientou que as reservas dos passageiros apenas apresentam os nomes e as datas de nascimento e que os passaportes não foram controlados à entrada porque a rota do voo seria feita no interior do espaço Schengen.

Com os dados disponíveis, sabe-se que seguiam a bordo dois bebés e um grupo de 16 adolescentes alemães e dois professores, que regressavam a casa depois de uma estadia de uma semana numa escola em Llinares del Vallès, a cerca de 40 quilómetros de Barcelona.

O presidente da Germanwings disse ainda que o aparelho que se despenhou tinha sido alvo de uma "grande inspecção" em 2013 e que o piloto tinha "mais de dez anos de experiência" e "mais de 6000 horas de voo". Segundo os dados recolhidos pela empresa, a queda do avião durou "cerca de oito minutos".

O aparelho – um Airbus A320-200 – partiu do aeroporto Barcelona-El Prat às 9h55 locais (8h55 em Portugal continental) e tinha como destino Dusseldorf, no Oeste da Alemanha. Mas pouco mais de meia hora depois, iniciou uma descida acentuada até cair nos Alpes franceses.

O ministro do Interior de França, Bernard Cazeneuve, disse que poucas horas depois do acidente foi encontrada uma das caixas negras e que esta “será imediatamente examinada para ajudar à rapidez da investigação”, cita a agência Reuters. 

O percurso do voo 4U9525 está registado ao minuto no site Flightradar24, que acompanha praticamente todos os aviões comerciais que estão no ar.

O avião descolou às 10h01. Menos de meia hora depois, às 10h27, atingiu a sua altitude de cruzeiro, 38.000 pés (cerca de 11.600 metros). Nessa altura, viajava a cerca de 840 quilómetros por hora.

Foi aí que algo errado terá acontecido, pois quatro minutos depois, às 10h31, o avião iniciou uma descida acentuada. Em dez minutos, segundo os dados recolhidos pelo Flightradar24, o avião perdeu cerca de 9500 metros de altitude. Nalguns momentos, a velocidade vertical chegou a 1600 metros por minuto – três a quatro vezes o ritmo de uma descida normal.

O último registo no Flighradar24 é das 10h41. Nesse momento, o avião estava a 6800 pés de altitude (cerca de 2100 metros) e a uma velocidade de 700 quilómetros por hora. O facto de não haver mais registos sugere que o transponder – um equipamento que transmite dados essenciais dos aviões, como a altitude, velocidade e rumo – terá deixado de emitir sinais.

Responsáveis da Germanwings afirmam que os controladores aéreos franceses perderam o contacto com o avião às 10h53, quando o aparelho estava a 6000 pés de altitude (1800 metros). "Depois o avião despenhou-se", disse o presidente da Germanwings, Thomas Winkelmann.

Informações preliminares da Direcção-Geral de Aviação Civil sugeriam, a princípio, que o avião teria emitido uma mensagem de alerta às 10h47. Mas um porta-voz desse organismo disse à Reuters que não houve nenhuma comunicação. "Foi a combinação da perda de contacto via rádio e a descida do avião que levou aos controladores aéreos a implementarem a fase de alerta", afirmou o porta-voz.

Segundo as informações do site Flightradar24, o avião desapareceu dos radares entre Digne e Barcelonnette, no Sul de França, perto da fronteira com Itália.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

O avião fazia o voo 4U9525 e pertencia à frota da alemã Germanwings, uma low-cost sedeada em Colónia e detida na totalidade pela Lufthansa, a maior companhia aérea europeia. A frota da Germanwings inclui 17 Airbus A320-200, com capacidade para transportar entre 162 e 174 passageiros.



O aparelho que se despenhou nesta segunda-feira transportava 150 pessoas – 144 passageiros e seis tripulantes. Fez o primeiro voo há mais de 24 anos, em Novembro de 1990, e esteve ao serviço da Lufthansa até 2003, ano em que passou a servir a Germanwings.

O secretário de Estado dos Transportes de França, Alain Vidalies, confirmou que não há sobreviventes. "Foi registado um pedido de socorro às 10h47 [9h47 em Portugal continental]. Esse sinal indicou que o avião estava a uma altitude de 5000 pés [cerca de 1,5 km], numa situação anormal", disse o responsável.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, lamentou o acidente numa mensagem publicada no Twitter: "Notícias terríveis. Os nossos pensamentos estão com aqueles que temem pelas vidas dos seus familiares."

O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, disse estar "consternado" com o acidente, numa mensagem também transmitida através do Twitter: "Consternado com o acidente aéreo nos Alpes. Uma tragédia. Estamos a trabalhar com as autoridades francesas e alemãs na investigação."

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 

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