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Na floresta de Alberto Carneiro

Avança-se pelo mundo de Alberto Carneiro como por uma floresta. Às escuras, tropeçando em árvores, raízes e pedras, até aparecer uma clareira e o céu explodir na luz desgovernada de uma manhã de Inverno.

Paulo Pimenta
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Paulo Pimenta

Avança-se pelo mundo de Alberto Carneiro como por uma floresta. Às escuras, tropeçando em árvores, raízes e pedras, até aparecer uma clareira e o céu explodir na luz desgovernada de uma manhã de Inverno. Território, que se estreia esta quarta-feira na ACE/Teatro do Bolhão, Porto, é o que a coreógrafa Joana Providência viu quando fechou os olhos e acordou no mundo primordial, e muito anterior às palavras, do escultor que nasceu num país, o Portugal dos anos 30, em que os 20 quilómetros que separavam a sua aldeia da cidade eram intransponíveis. Essa distância, explica repetidamente, fez crescer uma obra muito próxima da natureza. Tal como esta peça que pode ser vista no Porto até dia 25 e depois segue em itinerância para 15 freguesias do Alto Minho antes de chegar, a 5 e 6 de Dezembro, à Culturgest em Lisboa.

Paulo Pimenta
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