Universidade do Minho adopta campanha para reduzir desperdícios alimentares nas cantinas

As cantinas desta instituição geram quatro toneladas de resíduos alimentares por mês.

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Aumento dos preços dos alimentos em 2008 e 2009 tornaram ainda mais premente este debate Foto: João Henriques/Arquivo

No Ano Europeu Contra o Desperdício Alimentar, alunos de Ciências de Comunicação da academia minhota estão a desenvolver uma acção "pioneira" nas universidades portuguesas para sensibilizar quem come nas cantinas da universidade para que leve no prato apenas a quantidade de comida que vai ingerir.

As cantinas da Universidade do Minho geram quatro toneladas de resíduos alimentares por mês. Em Portugal, anualmente, cerca de um milhão de toneladas de alimentos vai para o lixo todos o que equivale a 17% do que é produzido.

"Queremos promover uma mudança de atitudes na comunidade académica e na sociedade em geral. Já foram distribuídas várias centenas de folhetos informativos. Às pessoas cujos tabuleiros evidenciem que não houve desperdício, é-lhes entregue um 'pin' do movimento, símbolo de 'boa atitude'", explicou uma das promotoras do projecto, Sara Oliveira, aluna do 3.º ano de Ciências da Comunicação.

Para sensibilizar os cerca de 21 mil alunos, funcionários e professores contra o desperdício alimentar, o movimento tem realizado "acções de patrulha" pelas cantinas da academia em Braga e Guimarães e vai agora estender estas acções a outros espaços da academia.

Isto porque, segundo um estudo desenvolvido pelo Departamento Alimentar da Universidade do Minho, uma "parte significativa" das quatro toneladas de desperdícios alimentares geradas nas cantinas resulta dos alimentos deixados nos tabuleiros.

"É muito importante transmitir aos jovens a noção e consciencialização das consequências do desperdício, bem como a preocupação com um ambiente sustentável. Se todos fizermos um esforço, estaremos certamente a dar o nosso contributo para um ambiente e uma sociedade mais sustentáveis", realçou a directora do Departamento Alimentar da Universidade, Celeste Pereira.