Torre de Moncorvo pretende fornecer material para recuperação da orla costeira

Os inertes densos de ferro das minas já foram utilizados em obras de protecção nos molhes de Sines e da barra do Douro.

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A MTI vai escoar o minério de Moncorvo pelo rio Douro ADRIANO MIRANDA

"A MTI, empresa que detém os direitos de concessão da exploração das minas de ferro do concelho, já se comprometeu com a autarquia em dar início à actividade mineira no princípio de 2015, e que os [materiais] rejeitados da actividade, que têm uma grande concentração de ferro, poderão ser uma grande ajuda para a recuperação de todo o litoral", disse à Lusa, Nuno Gonçalves.

O autarca garantiu ainda que a empresa concessionária e a autarquia estarão abertas "ao diálogo" para o fornecimento desse material, resultante da exploração do concentrado de ferro previsto para o início de 2015.

Documentos que propõem esta solução já foram entregues ao Governo por parte da MTI- Ferro de Moncorvo, SA, a empresa concessionária da exploração mineira no concelho transmontano.

"Este material, se não fosse produzido nas minas de Torre de Moncorvo teria de ser importado da Suécia", acrescentou o autarca.

Segundo o documento da MTI enviado ao Governo, a que a Lusa teve acesso, os inertes densos de ferro de Torre de Moncorvo já foram utilizados "com sucesso" em obras de protecção nos molhes de Sines e da barra do Douro, resistindo a violentos temporais devido à sua elevada densidade e características.

"Os subprodutos [rejeitados] resultantes da exploração mineira são armazenados e utilizados na posterior recuperação das áreas exploradas, constituído um passivo ambiental", alerta a empresa.

A empresa concessionária das minas de Ferro de Torre de Moncorvo prevê concluir os compromissos contratuais, referentes à exploração experimental em curso, no início de 2015, e começar a produção nesse mesmo período de 2015.

A MTI, que poderá explorar os depósitos de ferro em Torre de Moncorvo, já disse que irá investir cerca de 600 milhões de euros "logo que haja uma decisão favorável sobre o Estudo de Impacto Ambiental".

A empresa mineira tem ainda um período de cerca de três anos para definir a viabilidade técnico-económica e ambiental da exploração e efectuar os estudos de pré-viabilidade e de viabilidade do projecto.

 

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