Suspeitas de contaminação das águas das praias do CDS e S. João, na Costa de Caparica
O mesmo problema foi sentido na passada semana em Carcavelos.
“Durante o dia de hoje [domingo], surgiram dois novos casos de alergias nas praias de S. João e do CDS”, contou à Lusa o comandante da Capitania de Lisboa, Cruz Gomes, acrescentando que um dos jovens afectado tinha “80% do corpo com sintomas de alergia”, o que o obrigou a ir ao hospital. A outra pessoa com sintomas foi assistida no local.
Assim que foram conhecidos os dois casos, foram içadas as bandeiras amarelas. "Pedimos aos nadadores-salvadores para sensibilizarem as pessoas para que não vão a banhos, porque podem ser contaminadas por microalgas", disse ao PÚBLICO o agente Mário Rodrigues, do posto da Polícia Marítima da Costa de Caparica.
Segundo a mesma fonte, "foram recolhidas amostras de água para serem analisadas pela Agência Portuguesa do Ambiente". Os resultados não deverão ser conhecidos ainda neste domingo, mas "o mais provável" é que o problema seja semelhante ao que afectou as praias da linha de Cascais na semana passada.
Os resultados das análises feitas à água das praias de Carcavelos, Torre e Santo Amaro de Oeiras mostraram que havia uma concentração de microalgas que provocou sintomas de alergia em cerca de 50 pessoas em Carcavelos, cinco na praia da Torre e duas em Santo Amaro de Oeiras.
A Câmara de Cascais informou na sua página de Internet que as análises realizadas por um laboratório independente às amostras colhidas no sábado na praia de Carcavelos "confirmam a presença de microrganismos marinhos" em concentração "superior" ao que se verificou nas amostras colhidas na quarta-feira, quando foi dado o alerta. "Contudo, os microrganismos marinhos detectados nas amostras de hoje [sábado] já não se encontravam vivos", sublinhou a autarquia. Disse ser "expectável" que a situação seja regularizada "nos próximos dias".
Ainda assim, a câmara mantém as recomendações da Agência Portuguesa do Ambiente e desaconselha os banhos na praia de Carcavelos.
De acordo com especialistas ouvidos pela Lusa, o aparecimento das microalgas poderá estar relacionado com o aumento das temperaturas.