Se ao lado, no restaurante Praia da Luz, o mar partiu alguns vidros e pouco mais, do Shis pouco sobrou, e o que sobrou – barrotes, ripados e contraplacados - ficou espalhado pelo areal, como se de restos de um naufrágio se tratasse.

Estavam dez pessoas no restaurante quando a “onda gigante” o varreu, pelas 16h de segunda-feira. Alertados para uma maré alta que chegaria mais tarde, os funcionários estavam já a retirar alguns bens, antecipando uma entrada da água como a que aconteceu ali há três anos. A dimensão do que viram é que não era esperada, gerando um pânico que os pôs em fuga e a salvo.

Nesta terça-feira contabilizavam-se estragos e recuperavam-se alguns bens, acumulados na calçada da marginal, na certeza de que o restaurante terá de ser todo reconstruído e rapidamente.

Fonte da empresa garantiu ao PÚBLICO que o Shis deve reabrir a tempo do Verão – ou até antes disso. Não só porque é vontade dos seus donos reabrir uma casa de renome, com créditos firmados para lá do Porto, mas também porque o seguro não estará interessado em pagar por muito tempo os ordenados dos 43 funcionários do estabelecimento. Que voltará a desafiar o mar, no mesmo local, a poucos metros da linha de água.

A marginal, junto à Esplanada do Castelo, esteve todo o dia cortada ao trânsito.