Presidente e vogal do Conselho de Administração da EPUL renunciam aos cargos
Luís Augusto Sequeira e Conceição Nunes estão "indisponíveis" para permanecer nos cargos mesmo que a extinção da EPUL seja chumbada pela assembleia municipal de Lisboa.
Na apresentação pública das contas de 2012, o presidente demissionário, Luís Augusto Sequeira, confessou ter ficado “surpreendido” com a decisão da autarquia, que apelidou de “extemporânea”, dada a proximidade do final do mandato.
A extinção desta empresa municipal foi anunciada aos trabalhadores no final de Novembro e aprovada em reunião de câmara extraordinária no início de Dezembro, mas ainda tem de ser submetida ao crivo da assembleia municipal.
“Foi a decisão mais acertada para proteger o vasto património da cidade de Lisboa, para garantir os direitos dos credores e salvaguardar o melhor possível os direitos dos trabalhadores”, disse António Costa na altura em que a extinção da EPUL foi aprovada. O autarca adiantou que os passivos, no valor de 85 milhões de euros, e activos da EPUL vão ser integrados na Câmara de Lisboa, bem como todos os trabalhadores que assim o queiram.
O ainda presidente do conselho de administração da EPUL lembrou nesta terça-feira que nos últimos meses foram assumidos, com o aval da autarquia, compromissos nacionais e internacionais relativos a projectos de requalificação urbana, nomeadamente em Cabo Verde. Segundo este responsável, a Câmara de Lisboa comprometeu-se a honrar estes compromissos.
Luís Augusto Sequeira disse ainda que tanto ele como a vogal do conselho de administração, Conceição Nunes, continuam em funções até ao final de Fevereiro. Estão, porém, indisponíveis para permanecer na empresa para lá dessa data, mesmo que a assembleia municipal venha a chumbar a extinção da EPUL.