Pais de alunos da EB1 do Bom Sucesso, no Porto, querem transferência de gémeos considerados problemáticos
Crianças em causa regressaram na segunda-feira à escola EB1 do Bom Sucesso, depois de terem cumprido 12 dias úteis de suspensão por terem agredido uma professora.
Os gémeos em causa regressaram na segunda-feira à escola EB1 do Bom Sucesso, depois de terem estado a cumprir 12 dias úteis de suspensão por terem agredido uma professora, confirmou esta terça-feira à Lusa fonte da direção da APNEBS. A mesma fonte referiu que os pais das duas turmas do 4.º ano que acolhem os gémeos não pretendem tolerar mais os comportamentos agressivos destes irmãos e exigem a sua saída da escola.
A associação de pais tem vindo a defender, desde o ano lectivo anterior e face aos registos de violência sobre outros alunos, “a transferência dos gémeos para uma escola que lhes dê um acompanhamento adequado”, tendo feito o pedido à Direcção Regional de Educação do Norte, direcção da escola e Tribunal de Família e Menores do Porto, com conhecimento à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ), acrescentou. A mesma fonte salientou que os gémeos, que aparentam fisicamente ter “14 ou 15 anos”, ingressaram no Bom Sucesso no ano lectivo 2011/2012, sendo transferidos da escola de Miragaia, classificada como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP).
“Exigimos a transferência dos miúdos para uma escola de ensino especial, mas sabemos agora que a Escola Ana Sullivan, depois de avaliar um dos gémeos que é tido como mais violento e problemático, considerou que a criança não tem perfil para integrar aquele projecto escolar, por não existir um problema comportamental diagnosticado de origem patológica”, disse.
A associação de pais pretende agora encontrar uma “contraproposta que permita pôr um ponto final ao sobressalto constante” vivido na escola. A mesma fonte apontou que uma das soluções poderá passar pela transferência destes alunos para uma outra escola-TEIP no Porto.
“No espaço da Escola do Bom Sucesso coabitam 340 crianças desde os dois anos até aos 10/11 anos”, alertou, considerando que a presença dos gémeos na escola “é complicada e este é um problema que tem que ser resolvido”.