Obras na Avenida da Boavista param em Novembro para não estragarem Natal dos comerciantes
Arranque da 5.ª fase da empreitada atirada para meados de Janeiro
A decisão foi tomada após uma reunião entre os comerciantes, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, no início de Setembro. Segundo fonte da autarquia, alguns comerciantes estavam já a preparar-se para não abrir as portas num dos períodos mais importantes de vendas do ano caso as obras se instalassem às suas portas nos meses de Novembro e Dezembro. O município decidiu, por isso, adiar o arranque da fase seguinte dos trabalhos, o que deverá adiar o prazo final de conclusão da empreitada.
A Câmara do Porto mantém a data prevista para o final da 3.ª e da 4.ª fase da requalificação da Avenida da Boavista para meados do mês de Outubro, depois de, a 15 de Setembro ter aberto uma via para “o trânsito descendente” no troço que se encontra actualmente em obras. Se o calendário inicial fosse cumprido, Novembro deveria ver já o arranque normal da 5.ª fase, na parte da avenida compreendida entre a Rua de António Cardoso e Bessa Leite.
A projecção inicial da empresa municipal GOP – Gestão de Obras Públicas é que seria possível concluir a 5.ª e a 6.ª fases (entre Bessa Leite e a Rua do Primeiro de Janeiro) até ao final de Fevereiro de 2015, mas a decisão agora assumida pela autarquia vai fazer prolongar os trabalhos um pouco mais.
A empreitada de requalificação da Avenida da Boavista foi lançada ainda no mandato de Rui Rio, com o objectivo de uniformizar toda a artéria. Com as 3.ª e 4.ª fases em curso, estão ainda por realizar as duas últimas fases, que irão levar a intervenção até à Rua do Primeiro de Janeiro. Orçada em cerca de sete milhões de euros, a obra permitiu a substituição de infra-estruturas de água, electricidade e telecomunicações, a mudança de piso, a instalação de novos contentores de lixo enterrados e a criação de uma ciclovia em cada sentido. Rui Moreira já referiu que esta não seria uma prioridade do seu mandato mas que teve de dar continuidade a um projecto que já estava no terreno.
Depois de os trabalhos iniciais terem sido desenvolvidos com recurso ao corte total da avenida e à criação de percursos alternativos, o executivo de Rui Moreira procurou alterar este plano, mantendo, pelo menos, uma via de circulação aberta na própria Boavista. Uma solução que não foi possível utilizar em todos os momentos e que não se sabe ainda se será utilizada nos trabalhos que faltam realizar.
As obras da Boavista têm sido difíceis de suportar para os moradores e comerciantes, que já fizeram mesmo chegar à câmara as suas preocupações, uma vez que alguns temiam ver o negócio sucumbir por causa da falta de clientes motivada pelos trabalhos à porta.