Obras condicionam trânsito no Cais do Sodré por ano e meio
A circulação proveniente da Ribeira das Naus com destino à 24 de Julho faz-se agora pelo Largo do Corpo Santo
A circulação automóvel no Cais do Sodré e nas artérias envolventes está condicionada, devido às obras de requalificação do espaço público que a Câmara de Lisboa tem em marcha e que deverão prolongar-se até meados de 2017.
Em comunicado, a autarquia informa que “os condicionamentos à circulação” tiveram início no dia 4 de Janeiro, segunda-feira, e explica que na sua origem está a “primeira fase das obras de requalificação do Cais do Sodré/Praça Duque de Terceira, Corpo Santo e Ribeira das Naus”.
Segundo esse comunicado, “nesta fase, o tráfego proveniente da Av. Ribeira das Naus com destino à Av. 24 de Julho e Rua do Alecrim far-se-á através do Largo do Corpo Santo / Rua Bernardino da Costa”. Na informação divulgada pela autarquia não há qualquer indicação relativamente ao período pelo qual se manterá essa situação nem sobre quais serão as fases seguintes.
Há cerca de um mês o presidente da Câmara de Lisboa afirmou, durante uma visita com jornalistas ao Campo das Cebolas e ao Cais do Sodré, que o município ia fazer “um plano excepcional de desvios de tráfego”, a começar na Avenida de Ceuta e a acabar em Xabregas. Até à data, nada mais foi dito sobre esse plano. Na ocasião, Fernando Medina deixou também a garantia de que “em momento algum” a circulação automóvel iria ficar “totalmente vedada” na área da frente ribeirinha que está a ser alvo de intervenção.
No site da Transportes de Lisboa, a empresa informa que "devido a obras da CML [Câmara Municipal de Lisboa] a raquete do Campo das Cebolas ficará inoperacional por tempo indeterminado". Como tal, informa a empresa, as carreiras 25E [de eléctrico] e 774 (serviço nocturno e fim de semana) passam a fazer terminal na Praça da Figueira".
As obras que estão a ser promovidas pela autarquia incluem a requalificação do espaço público do Campo das Cebolas (onde está também a ser construído um parque de estacionamento subterrâneo com cerca de 200 lugares), do Cais do Sodré, da Praça do Duque da Terceira e do Largo do Corpo Santo.
A ambição do município é que a estas intervenções agora iniciadas possa seguir-se a reactivação do eléctrico 24, entre o Cais do Sodré e Campolide, algo que a actual administração da empresa Transportes de Lisboa já fez saber que não vê como prioritário.