O Open House Porto foi um evento dos “não-arquitectos”

Ainda não existem números oficiais, mas a organização do Open House Porto acredita ter superado as expectativas e já pensa na edição do próximo ano.

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O terraço da Câmara do Porto foi um dos sítios mais visitados Rui Farinha

As perguntas e dúvidas de muitos estrangeiros dominaram as visitas e houve quem pretendesse até, de imediato, adquirir alguns imóveis. “Tivemos o caso de um investidor chinês que queria comprar uma casa particular no centro da cidade do Porto”, refere o organizador.

De entre os sítios mais visitados, o terraço da Câmara Municipal do Porto, o Palácio Marques Gomes em Gaia e o Farol de Leça em Matosinhos foram os preferidos do público. O Farol registou “uma adesão inacreditável”, onde foi necessário proceder a algumas alterações nas visitas, para não correr o risco de as pessoas ficarem à porta. A organização adaptou-se, regularizou os tempos de espera e aumentou o número de visitas programadas, sendo que a ajuda dos voluntários, especialistas e autores dos projectos se revelou indispensável. “Após terminarem uma visita, tinha-se de começar outra logo a seguir”, explica Nuno Sampaio.

Cerca de 100 voluntários responderam afirmativamente ao open-call do evento e alguns já garantiram presença numa próxima edição. “O meu primo também pode vir?” foi uma das frases que Nuno ouviu de um dos voluntários.

“Houve instituições que aceitaram o convite, algumas casas particulares rejeitaram e muitas não responderam”, reconhece. No entanto, há a recordar o caso de um casal que foi passar o fim-de-semana fora e deixou a sua casa à mercê de um arquitecto e do Open House Porto. Uma situação que por si só demonstra “o interesse genuíno dos ‘não-arquitectos’” pelo projecto.

Para 2016, ainda não é possível adiantar quais os lugares a visitar, mas a possibilidade de ter um corrupio de pessoas a percorrer algumas das maiores referências da arquitectura urbanística em Portugal já é quase uma garantia.

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