Menezes diz ter o apoio de dezenas de personalidades do "CDS das preocupações sociais"
Questionado sobre se ainda conta com o apoio do CDS nacional, o candidato do PSD à Câmara do Porto disse estar mais preocupado com o apoio do povo.
Menezes falava aos jornalistas em Gaia, antes de um almoço com 30 quadros “centristas”, entre os quais se encontravam Sílvio Servan, ex-dirigente nacional do CDS, Eugénio Anacoreta Correia, fundador do partido, e Marcelo Mendes Pinto, vereador da autarquia portuense entre 2002 e 2004. “Existem já dezenas de militantes do CDS na minha comissão de honra. De um CDS que me agrada, que é um CDS da democracia-cristã, das preocupações sociais, da doutrina social da Igreja. É sabido que eu tenho uma particular preocupação com as políticas sociais”, explicou o social-democrata.
Menezes explicou que o almoço desta segunda-feira é “um dos muitos” que tem feito “nos últimos meses com dirigentes e militantes do CDS do Porto” para “agradecer o apoio que, individualmente, todos eles têm manifestado” à sua candidatura à presidência da autarquia portuense. “Ouvir dirigentes históricos de um partido que teve a sua fundação ligada às preocupações sociais é, para mim, muito importante. É uma forma de ter a certeza de que a minha candidatura é uma ampla coligação de vontades, sem partidos”, sublinhou. O único partido em causa, diz Menezes, é “um Porto que daqui por dez anos quer ser a Barcelona desta zona ocidental da Europa”.
Questionado sobre se considera ainda ser possível ter o apoio do CDS nacional, o social-democrata frisou estar “preocupado com a genética” da sua candidatura, que “é o povo”. “É o povo do PCP, do BE, do PS e dos militantes e dirigentes do CDS altamente credíveis. Esta é uma ampla coligação que não está preocupada com jogos de bastidores dos partidos”, vincou. Menezes destacou ainda que “todo e qualquer militante do CDS” que o queira apoiar “é bem-vindo, se vier de boa-fé”.
Na lista de apoiantes “centristas” à candidatura de Menezes entregue aos jornalistas estão incluídos os nomes de Alberto Baldaque, que “foi candidato eleito à Câmara do Porto em listas da Aliança Democrática, nos mandatos dos presidentes Coelho de Magalhães e Paulo Valada”. Baldaque integrou ainda “diversos órgãos directivos e consultivos nacionais” do CDS, entre os quais o conselho económico e social, o conselho nacional e a comissão política nacional. José Maria Montenegro, “membro do gabinete da ministra da Justiça Celeste Cardona”, José Paulo Areia de Carvalho, ex-elemento da “comissão política nacional de Paulo Portas”, e João Anacoreta Correia, da Assembleia Municipal do Porto, são outros dos “centristas” indicados.
A eles soma-se Filipa Correia Pinto, que em 2012 substituiu na Câmara do Porto o vereador do CDS Manuel Gonçalves, enquanto este esteve com o mandato suspenso. Da lista fazem ainda parte António José Barros, “assessor do gabinete de apoio à candidatura à presidência da República de Aníbal Cavaco Silva em 2006”, Artur Jorge Basto, antigo membro da comissão política nacional do CDS e ex-vice-presidente das mesas do conselho nacional, do congresso e da distrital do Porto.