Medidas compensatórias da Barragem de Foz Tua criam 35 novas empresas e 57 postos de trabalho

As 35 novas empresas representam um investimento inicial privado superior a 2,5 milhões de euros e um acréscimo de 3,5 milhões de euros em volume de negócios anual para a região.

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A Barragem de Foz-Tua está ainda em construção Foto: Paulo Ricca

O administrador da EDP António Ferreira da Costa revelou que as 35 novas empresas representam um investimento inicial privado superior a 2,5 milhões de euros e um acréscimo de 3,5 milhões de euros em volume de negócios anual para a região.

Os novos empreendedores do Vale do Tua, onde está ser construída a Barragem de Foz Tua, são, na sua maioria, mulheres, jovens qualificados, desempregados ou à procura do seu primeiro emprego. Os investimentos centram-no no sector agrícola, turismo, saúde de proximidade, cultura, ensino e indústrias criativas.

António Ferreira da Costa explicou que as ideias são dos empreendedores, pelo que o papel da EDP é o de potenciar o desenvolvimento da região, o empreendedorismo e a criação do auto-emprego. Ao longo dos últimos meses, os empreendedores receberam formação, acompanhamento especializado para a definição da ideia, plano de negócios e constituição da empresa. Posteriormente, a EDP vai encaminhar os empreendedores para o programa de financiamento mais adequado ao seu negócio.

No âmbito deste programa, António Ferreira da Costa anunciou que a companhia eléctrica nacional já criou “cerca de 100” empresas no Nordeste Transmontano. Estas novas empresas, disse, são a prova de que as barragens potenciam o desenvolvimento, a criação de emprego e dinâmicas empresariais que travam a tendência de despovoamento do interior.

Na cerimónia de entrega de prémios, realizada esta segunda-feira em Murça, a EDP distinguiu 12 empresas: 10 com menções honrosas e duas com prémio especial.

O secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Nuno Oliveira, afirmou que todas as iniciativas que sejam impulsionadoras de criação de emprego são “muito bem-vindas”, sobretudo na actual conjuntura económica. Neste momento, referiu, uma das apostas do Governo passa por simplificar, reduzir os custos de burocracia e custos de contexto para as empresas avançarem “rapidamente”. E, acrescentou, “as reformas estruturais levadas a cabo pela tutela, como o novo regime de licenciamento industrial e nova lei da concorrência, pretendem diminuir as barreiras ao negócio e potenciar o desenvolvimento das actividades económicas”.

O Prémio EDP Empreendedor Sustentável foi criado em 2010 para os concelhos abrangidos pelas barragens de Picote, Bemposta, Baixo Sabor e, mais recentemente, Foz Tua. Mais do que dinheiro, a iniciativa dá apoio ao desenvolvimento e instalação dos projectos e faz parte do conjunto de medidas compensatórias geridas pela recém-criada Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua. O Prémio EDP Empreendedor Sustentável é desenvolvido em parceria com as autarquias locais e a EEIG Glocal/SPA Consultoria. 
 
 

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