Família atingida pela derrocada recusa-se a regressar a casa

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Os blocos de moradias começaram a ser construídos há dez anos e foram vendidos por 200 mil euros Adriano Miranda

“Mesmo que me seja garantida a segurança da casa, já não quero viver mais aqui e os meus filhos também se recusam a morar nesta casa”, disse o morador.

Desde terça-feira que a família não consegue entrar na casa em que vivia há seis anos. Passaram a noite em casa de familiares e aguardam que lhes seja dada autorização para irem buscar os pertences básicos. Seis das dez moradias, que começaram a ser construídas há dez anos, estão habitadas e foram vendidas por cerca de 200 mil euros cada.

Os trabalhos para remover a terra da derrocada de terça-feira à tarde recomeçaram durante a manhã, depois de terem sido suspensos às 3h, e ainda se mantém o risco de as habitações na encosta ruírem, segundo fonte da Protecção Civil.

Durante a manhã de hoje já houve “algum movimento de terras”, pelo que a situação “ainda é perigosa”, explicou a mesma fonte. A Protecção Civil e os serviços da Câmara de Guimarães estão agora a estudar o local para onde será levada a massa de terra que está a ser removida por mais de uma dezena de camiões. Fonte dos bombeiros de Guimarães confirmou à Lusa que “a situação continua delicada, pelo que a corporação está de alerta”.

A derrocada de toneladas de terra e pedras “descalçou” os alicerces de algumas moradias geminadas e cortou a variante rodoviária que liga Guimarães a Fafe.<_o3a_p>