A noite de hoje pode ser para ficar em casa, junto da família, mas daqui a uma semana espera-se que milhares de pessoas rumem à Avenida dos Aliados, no Porto, para assistir ao concerto e fogo-de-artifício que, tradicionalmente, marcam a chegada do novo ano. A Câmara do Porto diz que já tem tudo a postos, e anuncia um reforço da segurança e do conforto, para que os presentes possam ouvir, sem problemas, as anunciadas três horas de concerto de Pedro Abrunhosa e do Comité Caviar.

No ano passado, segundo as contas da autarquia, mais de 140 mil pessoas rumaram aos Aliados e, este ano, o número não deve diferir muito. Com o metro a funcionar de forma ininterrupta, durante toda a noite, um concerto de Pedro Abrunhosa a prometer durar entre as 23h de 31 de Dezembro e as 2h de 1 de Janeiro e o fogo-de-artifício à meia-noite (com uma duração aproximada de quinze minutos), a expectativa é que a avenida central da cidade volte a estar apinhada. E nem só de portuenses, já que a hotelaria tem apontado para uma ocupação muito elevada, e o Porto aparece mesmo em motores de busca de hotelaria como o destino mais procurado no país para a festa de passagem de ano.

Para que não haja surpresas desagradáveis (só mesmo se a chuva decidir aparecer, o que não está posto de parte), a Câmara do Porto anunciou melhorias na logística de apoio à festa. “Entre as melhorias está a instalação de casas-de-banho públicas, maior capacidade dos sistemas de som e imagem e pontos de atendimento de emergência médica, além de maior policiamento e a supressão de esplanadas e outros obstáculos”, descreve o município em comunicado.

As casas-de-banho ficarão instaladas na parte superior da Avenida dos Aliados, junto à Caixa Geral de Depósitos e na Praça de D. João I – este último local receberá um dj set, que irá fazer prolongar a festa ao ar livre depois de Pedro Abrunhosa se ter calado no palco da avenida. Quanto aos pontos de socorro, eles serão dois e constarão de duas ambulâncias e quatro brigadas de primeiros socorros apeadas, com capacidade para responder a qualquer indisposição que possa ocorrer nos Aliados.

A trabalhar para que tudo corra pelo melhor estará o pessoal afecto ao Centro de Gestão Integrada, onde são monitorizadas 133 câmaras de vídeo espalhadas pela cidade. A festa estará, assim, sempre sob vigilância apertada das forças de segurança e da protecção civil, além de estar também previsto um maior controlo de tráfego.

O acesso à avenida estará, aliás, condicionado a partir das 23h, na zona mais próxima do edifício da Câmara do Porto, por causa da preparação do espectáculo de fogo-de-artifício, pelo que os conselhos dos responsáveis para quem pretende deslocar-se aos Aliados são variados: cheguem cedo (até porque a festa começa às 22h, com um Dj Set), usem transportes públicos e entrem na avenida pelos acessos laterais.

Na passagem de ano, o metro vai funcionar durante toda a noite – com excepção da Linha Violeta, que faz a ligação ao Aeroporto – com uma frequência reforçada, prevendo-se mais veículos duplos em circulação e um menor intervalo entre passagens, do que aquele que se verificou no ano passado, quando mais de 80 mil pessoas escolheram este meio de transporte para chegar ao centro do Porto.

Entre as 20h de 31 de Dezembro e as 3h do dia 1 de Janeiro, as linhas Azul (Matosinhos) e Amarela (Hospital de S. João/Vila Nova de Gaia) terão uma frequência de dez minutos, a linha Laranja (Gondomar) de 20 minutos e as linhas Verde (Maia) e Vermelha (Póvoa de Varzim) de 30 minutos. A partir das 3h do dia 1, a frequência altera-se um pouco, passando a 15 minutos nas linhas Azul e Amarela (até às 8h), 30 minutos na linha Laranja e de hora a hora nas linhas Verde e Vermelha (até às 6h).

Mas, ainda falta uma semana para a passagem de ano e haverá quem, em plena véspera de Natal ainda não fez todas as compras necessárias. Se for esse o caso e não quiser arriscar as filas de trânsito causadas pela azáfama de última hora, também pode contar com metro, mas só até às 21h. Não se atrase para não perder a última composição.