Detido segurança que sequestrou e agrediu companheira na maternidade
Mulher, grávida de cinco meses, foi agredida ainda de tarde e teve de ir à unidade de saúde. O suspeito foi depois à maternidade duas vezes. Da primeira agrediu o vigilante e da segunda levou a mulher.
O suspeito não se conformava com a vontade que a companheira, também de 21 anos e grávida de cinco meses, lhe expressara de se separar, explicou ao PÚBLICO fonte da PJ. Estavam juntos há um ano e meio e, na maternidade, ameaçou a jovem dizendo que mataria o bebé para a convencer a recuar na separação.
Já pelas 18h30 de quinta-feira, o agressor havia estado na maternidade. Por essa altura, atacou o vigilante da portaria que tentou impedir a sua entrada. O vigilante ficou deitado no chão inconsciente e, face ao sucedido, o agressor fugiu. O episódio tinha, porém, começado horas antes quando o suspeito foi ter com a companheira ao local de trabalho da mãe desta, numa vivenda em Gondomar. Lá agrediu a jovem que teve, por isso, de ser assistida e transportada para a maternidade.
Da segunda vez que foi àquela unidade de saúde, já a GNR tinha sido alertada. E apesar de ter já ali ter agredido um vigilante, conseguiu entrar sem ser interceptado. É que aquela hora, pouco antes das 21h00, o vigilante já era outro e não o reconheceu.
Agarrou então na rapariga e levou-a pelos cabelos até ao no automóvel em que a levou para Gondomar, sem que ninguém interviesse. A PJ, alertada por familiares da vítima, localizou o casal pelas 03h00 numa habitação daquele concelho. A polícia estava avisada do carácter violento e da capacidade muscular do homem e por isso destacou para o local vários inspectores. Tinha ainda informação de que ele estaria armado, o que não se verificou.
A PJ descreve o suspeito como um homem muito violento e perturbado. Aliás, terá uma grande compleição física, com dois metros. Segundo fonte policial, conseguiu arrancar a porta do carro com apenas uma mão.
O homem, que terá trabalhado como segurança em estabelecimentos nocturnos e estava agora desempregado, foi ouvido por um juiz no Tribunal de Instrução Criminal do Porto na tarde desta sexta-feira. Saiu em liberdade sujeito a apresentações diárias no posto local de polícia e ficou proibido de contactar com a vítima e obrigado a aceitar tratamento psiquiátrico. A jovem está agora ausente do Porto protegida por familiares.