Chocolate terá presença de peso na comemoração dos 250 anos da Torre dos Clérigos

Será construída uma réplica de chocolate, com mais de três metros de altura e 14 toneladas, do mais emblemático dos monumentos do Porto e produzida uma edição especial de bombons.

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A torre projectada por Nicolau Nasoni tem cerca de 75 metros de altura Adriano Miranda

A empreitada está a cargo do chef Hélio Loureiro e envolve também uma conhecida confeitaria-chocolateria da cidade. A associação do chocolate às comemorações dos 250 anos da torre passa ainda pelo fabrico de uma edição especial de bombons, com recheio inédito, a comercializar numa embalagem alusiva que foi desenhada na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).

A torre de chocolate será erguida por alunos de uma escola de hotelaria sob coordenação de Hélio Loureiro, que diz esperar que o gosto da réplica e dos bombons perdurem na memória dos portuenses. Até porque, se depender do chef, o monumento de chocolate não há-de durar muito : “Espero que, no fim, a torre seja derretida e servida em forma de chocolate quente aos cidadãos do Porto.”

A escolha do chocolate como matéria-prima da torre não foi aleatória. “Era preciso um alimento que estivesse em harmonia com o vinho do Porto”, explica Hélio Loureiro. Os bombons serão outro elemento importante. Segundo o presidente da Irmandade dos Clérigos, o padre Américo Aguiar, serão lançados “no fim-de-semana de Reis” e vão ser confeccionados e embalados na Confeitaria Arcádia. “Os bombons serão recheados e virão em duas embalagens comemorativas”, adianta Margarida Bastos, proprietária da Arcádia, encantada com “parceria com um grande emblema da cidade como é a Torre dos Clérigos”.

A concepção das embalagens foi proposto pela Irmandade dos Clérigos à FBAUP. O professor de Design, Rui Mendonça, acredita que esta colaboração será “extremamente útil aos estudantes, por lhes permitir "tomar consciência da realidade de produção que encontrarão no mundo profissional”. O projecto de design das embalagens foi desenvolvido ao longo de mês e meio, num trabalho com 23 alunos divididos em grupos. No fim, refere Rui Mendonça, seis grupos de trabalho “apresentaram propostas muito diferentes, mas todas muito interessantes”. Todos os projectos concebidos pelos alunos vão chegar à fase de produção. Haverá, assim, seis embalagens diferentes a guardar os bombons comemorativos.

Não há uma receita fácil para construir uma torre de chocolate de 14 toneladas. Hélio Loureiro vai coordenar uma equipa com um mestre-pasteleiro e oito formandos. A olho, calculam precisar de 700 horas de trabalho. A réplica do monumento de 75 metros de altura que foi projectado por Nicolau Nasoni, terá três tipos de chocolate específicos, para a base, para o revestimento exterior e para os pormenores decorativos. Há-de ficar pronta em Novembro de 2013, para ser apresentada no mês seguinte.
 
 
 
 
 

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