Candidato da CDU ao Porto apresentou-se com fortes críticas a adversários
Pedro Carvalho, actual vereador, desafiou Luís Filipe Menezes, Manuel Pizarro e Rui Moreira a dizerem se ficarão ao serviço da cidade, caso não vençam.
“A nossa candidatura vale, também, pela comparação com as outras candidaturas. Candidaturas protagonizadas por quem tem fortes responsabilidades no apoio às políticas que levaram o país a este estado de desastre e ao desespero em que se encontra o povo português”, afirmou Pedro Carvalho, durante a sessão de apresentação da sua candidatura à câmara, do candidato à assembleia municipal, Honório Novo, e do mandatário Rui Sá.
Durante o seu discurso, foi atirando críticas aos restantes candidatos ao Porto (Luís Filipe Menezes, Manuel Pizarro e Rui Moreira) e afirmou não ser “possível prometer o Sol e a Lua aos portuenses, quando, ao longo dos últimos anos, contribuíram directamente para a marginalização do Porto e do Norte”.
Numa alusão ao candidato do PSD, Luís Filipe Menezes, Pedro Carvalho declarou: “Não é possível prometer a felicidade suprema e a criação de emprego aos portuenses e, simultaneamente, ser presidente da câmara de um município com um dos maiores índices de desemprego a nível nacional”.
Ao socialista Manuel Pizarro atirou: “Não é possível clamar por unidades de esquerda e, simultaneamente, esconder as suas responsabilidades governativas nos ataques a uma das principais bandeiras da verdadeira esquerda - o Serviço Nacional de Saúde”.
Por fim, e aludindo ao independente Rui Moreira, disse: “Não nos deixamos iludir com os pseudo-independentes apoiados pelo CDS-PP e por uma parte significativa do PSD” e chamou "falsa" àquela "independência”, comparando-a com o que “aconteceu nas últimas presidenciais com Fernando Nobre”.
“Ao contrário de outros, não temos duas caras e orgulhamo-nos tanto do que defendemos a nível nacional, bem como local, bem como da coerência das nossas posições”, salientou o candidato comunista.
Aos restantes candidatos lançou ainda a questão: “Apesar de multiplicarem declarações de amor à cidade do Porto, caso não vençam, será que, no dia seguinte às eleições, independentemente dos resultados, se manterão apaixonados para servirem a cidade ou tudo não passará de uma paixão fugaz?”
Sobre o Porto, criticou o estado “envelhecido e empobrecido” de parte da cidade, a desertificação, a insensibilidade social, a “venda ao desbarato” de património municipal e o facto de ser “refém dos pequenos grandes interesses, das ambições e agendas pessoais, das guerrilhas partidárias, dos oportunismos e tacticismos eleitorais, bem expresso nos candidatos à câmara [e] que representam mais do mesmo”.