Fonte da autarquia disse ao PÚBLICO que os 3,5 milhões de euros serão pagos pela autarquia ao Estado em 60 prestações e que, em princípio, o espaço deverá ser utilizado para fins sociais. Caso contrário, ou seja, caso a autarquia encontre parceiros disponíveis para investir no local com outra finalidade, o valor pago pelo imóvel ao Estado aumenta para 5,4 milhões de euros.

Já em 2012, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, disse estar a negociar com o Ministério da Saúde a compra do imóvel, com o objectivo de instalar ali um pólo de saúde. No entanto, neste momento "ainda não está definido" o destino a dar àquele património, acrescenta fonte municipal.

O terreno em causa, situado no centro de Cascais, tem cerca de quatro mil metros quadrados e uma área de construção que ronda os 8000 metros quadrados. O edifício central e os dois edifícios anexos estão vazios há cinco anos, tendo o material sido doado a instituições de solidariedade social. O antigo hospital foi desactivado em Fevereiro de 2010, tendo sido substituído por um novo, localizado em Alcabideche, gerido em parceria público-privada pelo grupo HPP-Saúde.

Apesar de encerrado, no final de 2011 o antigo hospital ainda tinha um conselho de administração, composto por dois elementos, que auferiam em conjunto seis mil euros ilíquidos, como o PÚBLICO escreveu na altura.

A assinatura da escritura de compra e venda decorre em Cascais nesta quarta-feira às 18h, nos Paços do Concelho, e conta com a presença de Carreiras e do presidente do Conselho Directivo do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, Manuel Pedro da Cruz Baganha.