Câmara de Amarante espera que nova ETAR acabe com maus cheiros na cidade
Estação inagurada nesta terça-feira é "um passo em frente" no tratamento dos efluentes do concelho, diz autarca.
Para o vice-presidente da câmara, Jorge Mendes, a desactivação da ETAR de São Gonçalo tem a vantagem de acabar com os maus odores na cidade, sobretudo durante o Verão. A nova estação do Tâmega/Ponte da Baía representa "um passo em frente" na qualidade de tratamento dos efluentes do concelho, com vantagens para o rio Tâmega, considera o autarca.
Segundo a empresa Águas do Noroeste, responsável pela nova estação, o antigo equipamento, construído no final da década de 90, apresentava uma capacidade de tratamento "ultrapassada, possuindo ainda um processo obsoleto face às actuais exigências ambientais".
A nova ETAR, que está já em funcionamento desde o início de Abril e representa um investimento de nove milhões de euros, permite também desactivar pequenas unidades compactas de tratamento e fossas sépticas existentes na área de influência.
Em declarações à Lusa, Jorge Mendes acrescentou que o novo equipamento vai permitir aumentar "de forma significativa" o número de habitantes abrangidos pelo tratamento de águas residuais. A infraestrutura, construída na localidade de Vila Caiz, junto ao rio Tâmega, está dimensionada para tratar os efluentes de 45.000 habitantes em 2033.
De acordo com a Águas do Noroeste, a ETAR terá capacidade para tratar um caudal médio total de 6834 metros cúbicos por dia dos esgotos gerados por freguesias dos concelhos de Amarante, Felgueiras (zona da Lixa) e Celorico de Basto. Este equipamento funcionará em articulação com três estações elevatórias e um interceptor, já instalados e em funcionamento, o que corresponde a um investimento adicional de 3,5 milhões de euros.
A ETAR vai permitir também, segundo Jorge Mendes, que alguma rede instalada há alguns anos na margem direita do concelho possa finalmente entrar em funcionamento.
A inauguração da ETAR será presidida, às 16h30, pelo ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva.