“Esta aplicação nasce de uma paixão minha pela cidade de Lisboa, estou aqui há muitos anos e ando muito no trânsito e sentia que não existia uma solução que pudesse facilitar a circulação”, explicou ao P3 João Marques Fernandes, CEO (director executivo) da BuzzStreets e impulsionador desta ideia.

As soluções que esta plataforma oferece aos utilizadores são possíveis através de avisos dados por cidadãos ou entidades, bem como pela ronda regular feita equipa da BuzzStreets. Segundo os criadores da aplicação, há quatro pessoas da empresa que circulam de moto nas cidades — os chamados BuzzMotos — com o obejctivo de observar as ocorrências que perturbam o trânsito, transmitindo-as para a aplicação em tempo real.

Existem ainda os BuzzInspectores, que são fiscais da BuzzStreets que acompanham a evolução de obras na via pública de forma a conseguirem comunicar, em tempo real, se a estrada por onde o utilizador pretende ir continua congestionada ou não. E ainda drones que monitorizam o trânsito nas principais entradas de Lisboa e do Porto. 

A informação é enviada via “wireless”, para a aplicação, nas horas que são, normalmente, as de maior fluxo de trânsito: entre as 06h30 e as 09h30 da manhã e as 17h30 e 21h30 da tarde.

São os BuzzMotos e os BuzzInspectores que, garante João Fernandes, "diferenciam esta aplicação, por exemplo, do Google Maps, da Waze, ou da INRIX que já funcionam com este sistema de informações sobre o trânsito mas apenas com crowdsourcing”, sublinha João. “O que nem sempre é viável”, acrescenta.

A aplicação está disponível para download no site da BuzzStreets, ainda só para o sistema Android. Em breve já estará na loja do Google play e na Apple Store em versão IOS.

Lisboa e Porto serão as únicas cidades portuguesas que poderão contar com este serviço. “Estas duas cidades funcionarão como mercados de teste para a internacionalização da BuzzStreets, prevista para o início de 2015. O objectivo é conquistar as principais cidades europeias no primeiro semestre e a América do Sul no segundo”, diz João. “Pretendemos apostar na Europa é lá que vamos licenciar a marca e patentear a aplicação”, acredita o director executivo da BuzzStreet.

Com um investimento próprio de 150 mil euros a aplicação aposta agora no modelo de negócio "business to business". O objectivo é vender a BuzzStreets a empresas de GPS e automóveis de forma a rentabilizar o investimento inicial e também de forma a que seja possível alcançar o milhão e meio de euros de que necessitam para a internacionalização da plataforma.

É este modelo de negócio que permite também que a aplicação continue a ser gratuita. Pelo menos a actual, uma vez que “a terceira fase deste projecto será lançar uma versão premium da app que virá, possivelmente, a ser paga. Seria uma versão melhorada, com mais funcionalidades”, explica Andreia Melo, assessora de imprensa da BuzzStreets.

Texto editado por Andréia Azevedo Soares